A educação financeira é um assunto cada vez mais relevante, especialmente diante dos desafios econômicos e financeiros enfrentados por boa parte da população. Não à toa, a importância de aprender sobre o tema desde a infância tem sido destacada por especialistas. Uma das principais vantagens disso é começar a desenvolver hábitos financeiros saudáveis desde cedo. Isso significa saber economizar recursos, gastar com sabedoria e evitar dívidas desnecessárias. Esses hábitos que podem ajudar a evitar problemas futuros.
Outro benefício da educação financeira desde a infância é que as crianças podem se tornar mais conscientes das escolhas financeiras que irão fazer e de como elas podem afetar suas vidas. Isso pode ajudá-las a tomar decisões mais assertivas e responsáveis ao longo da vida. Além disso, a educação financeira pode ajudá-las a valorizar o dinheiro e a desenvolver metas para alcançar algo que deseja.
Para Elde Oliveira, diretor administrativo financeiro da Junior Achievement Bahia, que integra uma das maiores organizações sociais incentivadoras de jovens do mundo, a educação financeira, além de ser fundamental para o desenvolvimento pessoal e econômico de cada indivíduo, é primordial para a sociedade como um todo. “Ter conhecimentos sobre finanças pode levar a uma melhor qualidade de vida. Além disso, ela pode ter um impacto positivo na economia em geral, reduzindo a inadimplência e promovendo um crescimento econômico mais equilibrado e sustentável”, avalia o gestor, ao lembrar que, segundo o Serasa, o número de brasileiros inadimplentes passou de 59,3 para 70,1 milhões, nos últimos cinco anos.
Ele explica também que há alguns passos que os adultos podem seguir para começar a introduzir esse assunto no dia a dia dos pequenos. “As crianças aprendem melhor quando o assunto é apresentado de forma lúdica e divertida. Por isso, uma boa maneira de começar é com atividades simples, como brincar de loja, por exemplo. Nessa brincadeira, as crianças podem aprender sobre o valor do dinheiro e sobre a importância de planejar as compras”, aponta o diretor da JA Bahia.
Nesse processo de aprendizagem, Elde Oliveira afirma ser importante para as crianças sentirem-se parte da tomada de decisões financeiras da família. “Por exemplo, quando for decidir sobre a compra de um bem durável, como um eletrodoméstico, os pais podem conversar com as crianças sobre os custos envolvidos e as alternativas disponíveis”, diz, antes de afirmar que, com essas pequenas ações, é possível tratar do tema de forma natural e manter um canal aberto de comunicação sobre o tema.
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