Especialista esclarece o risco de pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica durante a pandemia do novo coronavírus
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) acendeu o alerta de especialistas neste momento de pandemia do novo coronavírus. Com sintomas parecidos com o da Covid-19, além de ser causador da perda progressiva da função pulmonar, os portadores de DPOC encaram grandes riscos em meio à pandemia.
De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), de janeiro a setembro de 2021 a Bahia teve 1.627 casos de internações por DPOC. Dessas internações, 917 foram de homens e as outras 710 foram de mulheres.
A pneumologista Dra. Larissa Voss explica como os portadores de DPOC podem sofrer com complicações, se acometidos pela Covid-19.
“Pacientes com DPOC, principalmente os mais graves, possuem uma menor capacidade respiratória por causa da lesão pulmonar, decorrente da doença. Como o coronavírus ataca os pulmões, as pessoas com a doença crônica terão mais dificuldades para suportar uma segunda agressão pulmonar”, enfatiza.
Responsável por quase duas mil mortes na Bahia em 2019, a DPOC é uma síndrome clínica que compreende a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Por possuir sintomas parecidos ao do coronavírus, como tosse e falta de ar, o diagnóstico do vírus pode ser difícil para os portadores da doença crônica.
Outro fator preocupante é que as doenças crônicas deixam o sistema imunológico mais enfraquecido, então, devido a essa chance maior de desenvolver complicações, é importante que a DPOC esteja controlada. “Os pacientes crônicos precisam manter a doença controlada, seguindo os tratamentos de costume, além de estar em dia com as vacinas, especialmente as de pneumonia e gripe, no caso das doenças respiratórias”, explica Dra. Larissa.