“Não é possível permitir que essa semente do ódio cresça e se desenvolva em nossa sociedade. O verdadeiro religioso não pratica esses atos. Aquilo ali é um ato de vandalismo. Aquilo ali é uma formação de quadrilha. Porque você pega uma massa de jovens e vai pra rua. Nós vivemos num país, num estado que é permitido você fazer a sua greve, fazer a sua manifestação, mas não fazer sua manifestação com ódio, com raiva, denegrir e destruir uma propriedade privada”, lamentou o deputado estadual Jurailton Santos (PRB), que apresentou na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) uma moção em apoio a duas igrejas Universal do Reino de Deus, que foram alvos de intolerância religiosa. O crime aconteceu no dia 18/06, no bairro do Lobato, subúrbio ferroviário de Salvador, durante uma marcha chamada “Incomode”.
No documento, o parlamentar baiano relata que um grupo de agressores demonstrou “total desrespeito a qualquer princípio de urbanidade, convivência e respeito às divergências de credo, conforme garantido pela Constituição Federal”. O muro da Igreja Universal do Reino de Deus teve o muro pichado com palavras como “fogo nos racistas”. Além disso, descreve o deputado, as pessoas proferiram palavras ameaçadoras impedindo a realização das atividades de rotina do templo. Outra igreja também precisou fechar as portas e suspender as atividades regulares para preservar a integridade dos seus membros.
“Eles não podem, simplesmente, encontrar uma instituição na frente dele e sair pichando, denegrindo, destruindo, a ponto de fechar a igreja. Os membros não puderam nem ter acesso. O pastor saiu desesperado porque viu aquela multidão de gente pichando e xingando. Foi necessário fechar as portas para que eles não tivessem acesso”, relatou.
“A intolerância religiosa é o termo usado para exemplificar a incapacidade de aceitar e respeitar a religião ou crença de outros indivíduos. Ela é configurada principalmente pela discriminação, violência física e ideológica, ou qualquer outro ato que fira a liberdade de culto. Então eu deixo aqui ´meu repúdio, a minha indignação, a minha revolta contra essa situação e tenho certeza que o poder público e os demais órgão irão fazer o papel deles”, finalizou indignado”, conclui o deputado Jurailton Santos.