No centro de debates sobre a posição que deputados do PT deveriam adotar no Conselho de Ética em relação ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma Rousseff cogitou deixar o Partido dos Trabalhadores e propor a composição de um governo suprapartidário. A informação é do jornal Folha de São Paulo, que destaca ainda que por não ter plena confiança em Dilma, o ex-presidente Lula admitia que, caso fosse preciso, lutaria para salvar o projeto do partido mesmo sem a presidente.
Foi nesse contexto que Dilma admitiu a possibilidade de se afastar do PT, sinalizando para os partidos de oposição e da base que, juntos, uma saída para a crise ficaria mais fácil de ser encontrada. A presidente teria decidido não arriscar a radical posição após o entendimento de que a estratégia poderia render positivamente, mas ser atalho para o isolamento completo dela. Em dezembro, a revista Época já havia informado que Dilma cogitara deixar o PT.
Na época, o motivo dado pela publicação foi o de que ela estaria vulnerável a ataques por conta das investigações da Operação Lava Jato, onde membros de seu partido estão envolvidos.