Pedidos por melhorias das condições de trabalho, defesa do piso salarial, lembranças das lutas históricas e críticas ao Projeto da Reforma da Previdência foram os principais assuntos abordados na sessão especial que marcou na Câmara a passagem do Dia do Vigilante (comemorado em 20 de junho). A celebração reuniu vigilantes da ativa e aposentados, na manhã desta quarta-feira (19), no Plenário Cosme de Farias. Os trabalhos foram dirigidos pela vereadora Marta Rodrigues (PT), autora do requerimento que possibilitou a realização da sessão comemorativa.
“Os vigilantes cumprem um papel de destaque na sociedade e o dia municipal da categoria é para festejar as conquistas e também para debater sobre os novos desafios”, afirmou a vereadora Marta Rodrigues.
A parlamentar defendeu a realização de uma reunião com gestores municipais para tentar resolver a questão trabalhista envolvendo vigilantes e ex-vigilantes e a empresa Protector Segurança, que prestava serviço terceirizado para a Prefeitura de Salvador na gestão do ex-prefeito João Henrique.
Desafios
No entendimento de José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, os desafios enfrentados pela categoria passam pelas casas legislativas, responsáveis pela elaboração e aprovação das leis. No contexto municipal, citou os projetos de guarda-volumes e cota para mulheres. No federal, destacou o piso para a categoria de R$ 3 mil, o direito ao adicional de periculosidade e o direito ao uso de colete à prova de bala.
“São várias questões para conquistar e temos que manter o que foi conquistado”, frisou José Boaventura. Ele também lembrou dos ex-vereadores Walnilton dos Santos e Arnando Lessa que já conduziram sessões especiais na Câmara muito antes de a data ser comemorada no município de Salvador.
Além de destacar a atuação do Sindicato dos Vigilantes (Sindvigilantes) nas lutas para garantir as conquistas da categoria, o advogado Arestides Batista teceu críticas ao Projeto da Reforma da Previdência. “Hoje é um dia para renovar a nossa mobilização”, considerou ao relacionar os dois assuntos.
A fala de Arestides Batista contestando a reforma previdenciária que está sendo debatida em Brasília ganhou apoio de Pedro França, diretor do Sindicato dos Ferroviários.
Justiça
Vigilante aposentado, Roberto Vasconcelos criticou a demora da Justiça na solução do processo trabalhista contra a Protecto Segurança. Ele falou do “orgulho de ter sido vigilante” e parabenizou os colegas que conseguiram virar advogados e professores, mesmo trabalhando como vigilantes.
Diretora do Sindvigilantes, Cláudia Lúcia falou do orgulho de atuar na profissão. Em defesa da igualdade de gênero, frisou: “Nós, mulheres, podemos tudo. Somos guerreiras”.
A melhoria do piso da categoria também foi salientada por Érico Araújo, representante do Sindicato da Polícia Civil. Ele pediu uma maior inserção do policial civil na sociedade e reconheceu que “o segurança é o primeiro policial”.
A deputada estadual Maria Del Carmen (PT) passou na Câmara para parabenizar os vigilantes pela data da categoria que é reconhecida nas esferas municipal e federal.