O vice-líder do governo do estado na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Robinson Almeida (PT), afirmou que os deputados de oposição no estado deixaram “cair a máscara” ao defender a tese e proteger Bolsonaro do aumento do preço dos combustíveis no Brasil. Nesta terça-feira (28), os deputados Paulo Câmara e Tiago Correia, ambos do PSDB, voltaram a defender a redução do ICMS sobre combustíveis na Bahia, apontando o imposto como o vilão pelo preço do litro da gasolina ultrapassar os R$ 6 no estado. A tese é defendida pelo presidente da República, que acusa governadores pela disparada no preço dos combustíveis e do gás de cozinha. O preço médio do litro do combustível no Brasil ultrapassa os R$ 6,30, inclusive em estados como São Paulo e Goiás, administrados, respectivamente, pelo PSDB e pelo DEM. De acordo com Robinson, isso é reflexo da nova política de preço adotada pela Petrobrás, atrelando o preço do combustível ao dólar e a cotação da commoditie no mercado internacional.
“Caiu a máscara. Abraçaram a tese mentirosa de Bolsonaro, certamente sob orientação do presidente do DEM que garante apoio e sustentação política ao desgoverno Bolsonaro, esse sim o verdadeiro vilão pela volta da inflação, pela mudança na política de preço da Petrobrás, pela indexação do preço dos combustíveis ao dólar e à especulação internacional. Tanto que o litro da gasolina passa de R$ 6 em São Paulo, estado governado pelo PSDB, de R$ 7 em Goiás, estado governado pelo DEM. Lamento que os nobres deputados tenham, orientados por ACM Neto, abraçado Bolsonaro e a mentira que ele espalhou pelo Brasil”, rebateu Robinson. “É importante lembrar que eles, com seus partidos, apoiaram a venda das refinarias brasileiras, a entrega do pré-sal ao capital internacional e as mudanças na política da Petrobrás, que tornaram o Brasil refém da especulação do mercado internacional e faz com que o povo brasileiro, que ganha em real, tenha seu custo de vida atrelado ao dólar. O resultado dessa perversidade de Bolsonaro, apoiada pelo DEM e pelo PSDB, o povo baiano e brasileiro sente na pele, com a inflação, o desemprego e a fome, mas os deputados desses partidos não querem atacar esse problema, porque se beneficiam dele”, cutucou o deputado petista.
Petrobrás prevê novo reajuste
Ontem, em coletiva à imprensa, o presidente da Petrobrás, general Joaquim Silva e Luna, reiterou que não haverá mudança na política de preços da companhia e que o preço dos combustíveis vão continuar a subir no Brasil. A diretoria executiva da empresa disse que o preço “está defasado” e não descartou novos ajustes no valor dos combustíveis comercializados no país. As declarações repercutiram na ações da estatal, que regitraram alta de 1,56% na Bolsa de Valores.