A bailarina, improvisadora, coreógrafa, cineasta e docente da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Daniela Guimarães é a nova diretora artística do Balé Teatro Castro Alves (BTCA). Sua nomeação foi publicada nesta quarta-feira, 15 de março, no Diário Oficial do Estado da Bahia, colocando-a como a 12ª pessoa a assumir este cargo diante da companhia oficial de dança da Bahia, corpo estável mantido pelo Teatro Castro Alves (TCA), Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
Líder do Grupo de Pesquisa CORPOLUMEN: Redes de estudos de corpo, imagem e criação em Dança/CNPQ, Daniela tem trajetória artística atuante principalmente na criação, composição e dramaturgia em dança, improvisação cênica em tempo-real e dança na interação com o cinema, tendo sido diretora, coreógrafa e bailarina de variados grupos e projetos de dança e audiovisual do país e no exterior. É doutora e mestre em Artes Cênicas pela UFBA com a tese “Corpolumen: Poéticas de (Re)Invenções no Corpo na Interação Dança e Cinema” e a dissertação “Dramaturgias em Tempo-Presente”. Teve experiências de residências artísticas na Westmore Farm, Lisa Nelson e Steve Paxton, Vermont (EUA, 2019) e na Pina Bausch TanzTheater, Wuppertall (Alemanha, 2019).
Com o BTCA, Daniela já havia assinado a coreografia do premiado filme “A Cidade que Habita em Mim”, com direção de Maria Carolina, documentário em vídeo-dança lançado em 2021 para celebrar os 40 anos da companhia.
A nova diretora assume posto que estava ocupado pelo produtor, diretor, ator e gestor Wanderley Meira, que esteve no cargo entre abril de 2019 e julho de 2021 e entre novembro de 2022 e março de 2023.
BTCA – Companhia pública de dança contemporânea fundada em 1981, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) é um corpo artístico estável do Teatro Castro Alves (TCA), vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). Conta no seu repertório com mais de 100 montagens de importantes coreógrafos. Em sua história recente, destacam-se “Lub Dub” (2017), “Urbis in Motus” (2017), “Tamanho Único” (2018), “CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs” (2018), “A História do Soldado” (2019), em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), e “Viramundo” (2022), junto à Orquestra Afrosinfônica. Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, BTCA e OSBA mais uma vez se conectaram para promover colaborações artísticas em parceria, estreando seis criações inéditas encenadas e transmitidas ao vivo pela internet e TVE Bahia, dentro do projeto “Voltando aos Palcos”. Também neste período, BTCA e OSBA estrelaram os filmes “Um Concerto para o Guarda-Roupa” e “Abraço no Tempo”. Em 2021, celebrando seus 40 anos, o BTCA lançou o longa-metragem “A Cidade que Habita em Mim”.