Meses depois dos primeiros casos de COVID-19, preocupações em torno do tema ainda colocam a comunidade médica em atenção. Muitas delas, em razão dos procedimentos adotados no combate à doença, como no caso da prescrição de antibióticos aos pacientes infectados pelo vírus, sem uma comprovação da eficácia dos mesmos no tratamento1.
Tal conduta pode ter relação direta com outra crise já existente: a resistência a antibióticos, em que bactérias e fungos evoluem e conseguem escapar da ação dos medicamentos criados para combatê-los. Especialistas em saúde pública temem que o uso indevido e excessivo de antibióticos durante a pandemia tenha piorado ainda mais esse cenário.
As infecções resistentes aos medicamentos contribuem para quase 5 milhões de mortes todos os anos. Até o ano 2050, espera-se uma morte por infecção com bactérias resistentes a cada três segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Especialistas estimam que, sem ações imediatas, o mundo poderá chegar a um cenário em que os medicamentos necessários para o tratamento de doenças consideradas pouco complexas não serão mais eficazes e, mesmo feridas simples, poderão ser fatais.
Outro fator que tem colocado em alerta especialistas em todo o mundo é o descarte incorreto das substâncias que inibem o desenvolvimento de micro-organismos. “Atualmente, um dos problemas mais importantes com a saúde humana e animal é a resistência bacteriana, que pode ocorrer de forma natural ou adquirida. Este é um efeito colateral e inevitável ao uso dos antimicrobianos”, alerta o Dr. Enio Pires Studart, pneumologista e infectologista.
Na Assembleia das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente, encerrada no último dia 2 de março, o tema foi amplamente discutido e colocou em alerta o risco de uma nova pandemia, causada por superbactérias. Esse seria um dos 10 problemas mais importantes para a saúde, com curto tempo para desenvolvimento de recursos que evitem que estas bactérias resistentes derrotem os antibióticos atuais.
Essas bactérias resistentes a medicamentos podem se proliferar em hospitais, comunidades, esgoto, água, superfícies, alimentos contaminados ou mesmo por contato direto. Com mais pessoas infectadas por superbactérias e os antibióticos atuais se tornando cada vez mais ineficazes, um colapso na saúde pública passa a ser iminente. “Sabendo que nos últimos 20 anos existiram poucas descobertas de novos antibióticos para o tratamento desses germes resistentes, infelizmente espera-se um grande problema sanitário num futuro próximo”, reforça Enio.
A Essity, líder global em higiene e saúde, presente no Brasil há mais de 10 anos, mantem parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2017, e, recentemente, juntou-se a um grupo intersetorial que reúne especialistas corporativos com a finalidade de trocar conhecimento em torno de inovações e novas formas de combate a essa potencial ameaça, como educar equipes de saúde sobre a higiene das mãos.
“Sabemos que cerca de 70% das infecções associadas aos cuidados de saúde podem ser prevenidas e, a maneira mais eficaz e econômica é melhorar os padrões de saneamento hospitalar e higiene, assim como investir em produtos e tecnologias inovadoras. Na Essity, além das inúmeras soluções apresentadas pelas nossas marcas, constantemente, quebramos barreiras em saúde e sustentabilidade, com foco no bem-estar dos nossos clientes”, afirma Victor Hernández Albíter, Vice-Presidente de Marketing e Vendas da Essity no Brasil.