Osenador da República e pré-candidato à Prefeitura de Salvador pelo PDT, Ângelo Coronel disse, nesta quarta-feira (22), em entrevista à Rádio 100 Fm, que não tinha planos de disputar as eleições municipais em outubro, mas tem recebido incentivo de amigos, como o também senador Jaques Wagner (PT) e o vice-governador João Leão (PP).
“Na vida a gente nunca deve fechar portas e radicalizar, achando que só a gente merece ser apoiado. Eu sou um homem do diálogo. É evidente que, se surgirem novos nomes, até do próprio partido da base, que venham aglutinar, vai haver diálogo. Portas sempre abertas e coração escancarado para agregar ou ser agregado”, declarou.
O senador ainda aproveitou para alfinetar as propostas do candidato de ACM Neto, o vice-prefeito Bruno Reis. Para Coronel, não adianta ter preocupação em fazer obras e embelezar a cidade, enquanto a população passa dificuldades.
“Eu acho que Salvador já tá bonita, cheia de concreto, mas a gente precisa começar a cuidar de gente. Precisamos de mais segurança em nossa capital, precisamos fazer com que as pessoas não precisem sair de madrugada para conseguir atendimento em postos de saúde. Precisamos deixar o concreto de lado, o embelezamento de lado para cuidar de gente”, criticou.
Ele ainda destacou que não pensa, ainda, que, em caso de sair candidato, possa tirar votos de Bruno Reis. “No momento, ainda, é muito prematuro fazer qualquer análise. Mas, por eu ser de centro esquerda, a candidatura de Bruno Reis é numa chapa com o apoio de um prefeito bem avaliado em Salvador. Agora, dizer que eu vou tirar voto dele é muito precipitado”.
Já quanto às críticas que recebeu após apoiar a Reforma da Previdência no Senado, Ângelo Coronel disse que isso não significa votar em projetos do presidente Jair Bolsonaro. “Eu votei em projetos importantes para o Brasil. Basta ver a reforma da previdência estadual, que vai seguir os trâmites da nacional. Eu preciso entrar em um debate sério e fazer o que eu acho correto do que apelar ao populismo”, disse.
42 anos de parceria
O senador ainda aproveitou para falar sobre a relação com a mulher, Eleuza Coronel, além de rebater fala de Bruno Reis sobre convite para ela ser vice na chapa dele. “A gente encarou o convite como seriedade, como, também, meu amigo Pastor Isidório insistiu várias vezes para Eleuza ser sua vice. Se ele quer dizer que foi brincadeira, aí eu não posso falar nada”.
“Eleuza não vai ser candidata a vereadora. Ele é a pessoa responsável pelo meu marketing, foi coordenadora de minha campanha, da campanha de meu filho. Ela está de meu lado sempre. São 42 anos de convivência e parceria”, concluiu.