Décadas de exploração espacial serviram para descobrir mais sobre as estrelas e imaginar o que haverá a milhões de anos de luz de nós.
Um pouco mais perto de nós temos a Lua, satélite da Terra que também já serviu para a ficção-científica imaginar todo o tipo de coisas, incluindo os seres que lá poderiam viver.
Até hoje, nunca surgiram provas de que a Lua fosse habitada. No entanto, é bem possível que já haja organismos vivos por lá. E a culpa é nossa (leia-se, da Humanidade).
Em abril passado, uma sonda israelita caiu ao tentar descer na lua. Falamos da Beresheet, um projeto de financiamento privado. A bordo daquela sonda estavam armazenados tardígrados.
Trata-se de um micro-organismo, com ar de larva e oito patas, nunca superior a um milímetro de comprimento, que tem fascinado os cientistas pela sua capacidade de resistência.
Estes pequenos organismos resistem a temperaturas extremas, de gelo ou calor, e têm uma resistência à radiação muito superior aos humanos.
Segundo a BBC, Nova Spivack, o cofundador deste projeto – a Arch Mission Foundation -, admite que os tardígrados a bordo da sonda poderão ter sobrevivido a queda. “Acreditamos que as hipóteses de sobrevivência dos tardígrados são extremamente altas”, conta.
Os espécimes que ali seguiam estariam desidratados, uma condição que mataria a generalidade dos seres vivos. No entanto, também isto não seria suficiente para matar os tardígrados.
Quando desidratados, os tardígrados retraem-se, as patas recolhem-se e ficam mais pequenos, como se fossem uma pequena bola. Mas eis outro fator surpreendente nestes animais: cientistas já descobriram que estas ‘micro-larvas’, mesmo tendo estado décadas desidratados, conseguem ‘voltar à vida’ com um pouco de água, ou seja, são reanimados mesmo tendo estado décadas naquele estado de suspensão devido à desidratação.
Agora a Lua poderá ter os seus primeiros habitantes. E serão logo aos milhares.