A Comunidade Indígena Tuxá, do município de Rodelas, irá colocar no mercado, no início de 2022, o óleo de coco Encantado Tuxá. Inicialmente, o processamento do óleo será terceirizado, e a expectativa é de aumento da renda das 41 famílias, já que os cocos deixarão de ser vendidos a atravessadores e terão valor agregado. Hoje, são produzidos 70 mil cocos por mês pelos indígenas Tuxás, comecializados in natura. O lançamento do produto é resultado de ações e investimentos do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva.
Já foram investidos mais de R$ 980 mil, por meio do Bahia Produtiva, via convênio firmado entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), e o Consórcio Agropecuário Indígena Tuxá.
Para Hawaty Arfer Jurum Tuxá, liderança indígena do povo Tuxá, a felicidade é grande. “Antes, o povo Tuxá ficava refém de atravessadores para a comercialização do óleo de coco. Com esse empreendimento, que é o beneficiar do coco para a extração do óleo natural, a ideia é que nós consigamos comercializar o produto diretamente. É muito gratificante ver na mesa dos baianos o óleo dos indígenas, o óleo extravirgem natural. A vantagem dos indígenas é de produzir em contato do meio, gerando valores produtivos sem agressão ao meio ambiente”.
A satisfação dos indígenas acontece devido a todo o trabalho de acompanhamento da equipe técnica do projeto Bahia Produtiva, que incentivou e construiu com eles todo o processo, desde a concepção da marca, rotulagem dos produtos, até a comercialização do óleo Encantado Tuxá.
Na última segunda-feira (6), mais um grande passo foi dado, o governo estadual entregou um caminhão Volvo, com capacidade de carregamento de 30 toneladas, que irá transportar os cocos até a unidade de beneficiamento.
O assistente territorial do Bahia Produtiva no Território Itaparica, Cláudio Ademar, destaca que essa entrega é mais uma amostra de que o Governo da Bahia valoriza os povos indígenas: “Nós temos que comemorar essa decisão do Governo do Estado, de valorizar os povos indígenas, valorizar os povos da terra”.
Para Edvalda Rocha, coordenadora pedagógica da Agendha, instituição contratada pelo Bahia Produtiva para prestar o serviço de assistência técnica na comunidade Tuxá, o caminhão não representa para os indígenas apenas o transporte do coco: “Esse caminhão vai carregar, sobretudo, a competência das comunidades indígenas, o sonho desses povos, a esperança e a possibilidade de o óleo de coco Encantado ser referência para outras aldeias e povos”.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Banco Mundial.