Handebol
A equipe do norte do estado, mais especificamente do Colégio Estadual Lomanto Junior, em Juazeiro, já está mais calejada em competições nacionais, mas pela primeira vez disputando os Jogos da Juventude, que reúne estudantes atletas de 15 a 17 anos. Muitos dos jogadores atuam a mais de dois anos juntos, inclusive representando a Bahia nas duas edições anteriores dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), que reúnem os de 12 a 14 anos.
A treinadora da equipe, Vânia Carapiá, explica que o entrosamento destes jogadores são um trunfo para chegar longe na competição: “vimos de 6º lugar e 8º lugar nas edições de 2022 e 2023 dos JEBs. Apesar da dificuldade de sempre em treinar no interior, conseguimos participar de muitas copas. Eles já são rodados. A expectativa é boa para sair com medalha. Isso é uma vitória não só minha como treinadora, mas dos pais e da minha gestão que me ajudam. Continuaremos treinando com melhores estruturas para conseguir disputar a chave ouro tanto no 12 a 14 anos quanto no 15 a 17 anos. A Bahia merece porque temos material humano”.
A equipe está empolgada, mesmo com duas atuações distintas nas duas primeiras partidas e resultados não tão positivos nem negativos – empates. A estreia foi um 22 a 22 contra Roraima, com direito a gol no finalzinho, enquanto na 2ª rodada outro empate, dessa vez, de 23 a 23 contra o Amapá, com um sabor amargo por estar à frente do placar durante quase todo período.
Vitor Arce, 17 anos, estreante nos Jogos e meia direito, como uma espécie de jogador de confiança da treinadora, pontua que ainda não jogaram tão bem tecnicamente, mas estão seguindo na garra e na vontade da classificação: “nós jogamos muito mais que isso. Temos ainda mais jogos para conseguir. Estão sendo bem acirrados e divertidos porque amo demais meu time. Empatamos duas vezes, mas a expectativa é ganhar. Podemos perder mais não.”
A última partida da fase de grupo, valendo vaga para as semifinais da 3ª divisão, é contra a Paraíba, às 15h15, na arena montada no Centro de Convenções da Paraíba, central dos Jogos. William Gustavo, de 17 anos, espera a classificação: “está sendo uma experiência maravilhosa. Estou gostando muito daqui. Queremos prolongar ainda mais essa vivência única.”
Já a equipe feminina traz jogadoras do sul do estado, quase na divisa com o Espírito Santo, na cidade de Nova Viçosa. Essa é a segunda vez que o Colégio Estadual John Kennedy participa dos Jogos, com algumas calejadas e outras estreantes, que entram em quadra nesta terça-feira (26), às 8h, no Ronaldão, buscando se redimir de duas derrotas após estarem à frente do placar.
Voleibol
No vôlei, a extensão territorial é na horizontal, com a equipe masculina representando Luís Eduardo Magalhães, a cidade que mais cresceu sua população proporcionalmente nos últimos anos no estado, e o Colégio Estadual Mimoso do Oeste (Cemo); e a equipe feminina do Colégio Marista, em Salvador. Os jogadores do time masculino caíram no grupo complicado da 2ª divisão ao lado do Pará, da Paraíba e de Santa Catarina.
Gabriel de Souza, de 17 anos, ponteiro e capitão do time, além de ter disputado também a modalidade do vôlei de praia na última semana, permaneceu na capital paraibana ao lado da sua dupla João Morais, 16, buscando bons resultados na variação de quadra. “Vamos iniciar nossa campanha contra o Pará. Esperamos uma vitória na estreia e queremos ser campeões, levando o nome da Bahia e de Luís Eduardo Magalhães”, relatou antes da primeira rodada com derrota, mas seguem com chances de classificação para o mata-mata na última rodada.
Já o time feminino do Marista estreou com um revés para a equipe da Rondônia na primeira rodada e venceu o time de Goiás na segunda da 3ª divisão. Agora, jogam nesta terça-feira (26), às 9h15, no Instituto de Cegos da Paraíba, contra a equipe do Piauí, que perdeu os dois primeiros jogos, dependendo apenas de si para avançar para as semifinais do certame nacional.
Bahia nos Jogos da Juventude 2024
Até o momento, a Bahia conquistou 12 medalhas ao todo, com cinco ouros, três pratas e cinco bronzes, principalmente em modalidades tradicionais no estado nos últimos anos, como as águas abertas. Victoria Rosário, de 16 anos e de Itabuna, é um dos principais nomes nestes Jogos com três medalhas: ouro na prova feminina de águas abertas; prata na prova dos 800m livre; e mais uma prata nos 1.500m livre.
A delegação baiana de ginástica rítmica deu um show com cinco medalhas: Luiza Zugaib, Ana Vitória Silva e Luisa Santana por equipes; Luiza com os ouros no absoluto ao ser a melhor ginasta em todos os aparelhos, nas maças e na bola; e Ana pegou o bronze na bola. No ciclismo, Samuel Henriques, 16 anos e do Colégio Estadual Herculano Farias, em Barreiras conquistou a prata na prova por pontos após 28 voltas na rua da capital paraibana fechada para o circuito.
Três lutadores foram destaques. Pedro Sampaio, 15 anos, estreante e de Lauro de Freitas, levou o 3º lugar na categoria até 48 kg do wrestling greco-romano. Na mesma variação, Lucas de Oliveira, 17 anos e de Feira de Santa, terminou sua segunda e última participação nos Jogos com o bronze no até 65 kg. Gabriel Santos, 16 anos, de Cruz das Almas e apoiado pelo FazAtleta, disputou no wrestling sem medalha, mas com bronze na classe superligeiro do judô.
Jogos da Juventude 2024
Realizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o maior torneio esportivo escolar do país conta com cerca de 4,2 mil estudantes atletas de 27 unidades federativas do país, além de 750 treinadores e 558 árbitros. Nesta edição, a Bahia está sendo representada por 189 pessoas, sendo 147 competidores e 42 técnicos e oficiais, apoiados pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), e pela Federação Baiana de Esporte Escolar (FBEE).
Fonte: Ascom/Sudesb