O compositor e mestre do samba, Chocolate da Bahia, recebe, nesta quinta-feira (28), às 15 horas, no plenário da Assembleia Legislativa, a Comenda 2 de Julho, a maior honraria concedida pelo legislativo baiano para personalidades que tenham contribuído com o desenvolvimento do estado. A Indicação foi proposta em 2016 pelo deputado Pastor Sargento Isidório e a sessão solene para a homenagem solicitada pelo deputado Robinson Almeida (PT).
Raimundo Nonato da Cruz, 78, o famoso Chocolate da Bahia, iniciou seus passos no mundo artístico no Mercado Modelo, no Comércio, em Salvador. Era década de 1950. As rodas de samba eram tradicionais naquela região e costumava atrair, além de populares, artistas e intelectuais, como o escritor Jorge Amado, o poeta Vinícius de Moraes e o artista Carybé. Nesse ambiente, Raimundo Nonato deu vida artística a Chocolate da Bahia. Nascia o compositor, cantor e sambador, autor de mais de 60 canções, muitas que marcaram gerações e fizeram sucesso no Brasil, como “Haja Amor”, cantada por Luiz Caldas, “A Cobra Mordeu Caetano”, que driblava a censura da ditadura militar, “Eu sou o samba”, gravada por Jair Rodrigues, “Jesus é preto”, gravada pela Timbalada, “Menina do Cateretê”, cantada por Bel Marques e suingada pelo Chiclete com Banana, “Não Rolou mas vai rolar”, gravada por Martinho da Vila. Ele também emprestou seu talento para ações e campanhas institucionais e políticas. É o autor de “Vovó Lá Vem o Metrô”, “Viva a Cesta do Povo” e da letra do jingle “Jerônimo”, do pré-candidato ao governo da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT). Em 1968, Chocolate fez uma apresentação de Berimbau para a Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, que visitara Salvador (Mercado Modelo, Igreja de São Francisco e o Museu de Arte Sacra).
“Chocolate da Bahia é a mais completa tradução de Salvador, verdadeiro menestrel da nossa cultura popular”, afirmou Robinson Almeida.
SERVIÇO:
O QUÊ
Sessão Especial de entrega da Comenda 2 de Julho a Chocolate da Bahia
QUANDO;
Quinta-feira, dia 27, às 15 horas.
ONDE;
Plenário da Assembleia Legislativa.