Uma parceria entre a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) oferecerá, gratuitamente, um curso de Defesa Pessoal para cidadãs que passam ou não por situações de violência. As aulas acontecerão no Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares (CRAMLV), nos Barris, e no Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (Camsid), na Ribeira.
Segundo a coordenadora dos Centros de Referência e Casas de Acolhimento da SMPJ, Maria Auxiliadora Alves, a capacitação não visa estimular combate corpo a corpo com um agressor, seja dentro de casa ou na rua, e nem incentivar mulheres a entrarem em confronto, “mas que elas aprendam a usar técnicas para poderem se desvencilhar de uma investida, para buscar ajuda ou pedir socorro”, explica. As atividades acontecerão na unidade dos Barris nesta sexta-feira (19), 22, 24 e 26, sempre das 14h às 16h. Já no Camsid, as aulas ocorrerão dias 26, 29, 31 e 5 de novembro, no mesmo horário.
Para participar do curso de Defesa Pessoal, as interessadas podem entrar em contato com o Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares pelo telefone 3235-4268; e com o Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (Camsid) pelo 3611-6581. As vagas são limitadas, conforme à lotação dos espaços.
Ainda de acordo com Auxiliadora, qualquer ação que proteja um indivíduo de uma situação de violência pode ser considerada um ato de autodefesa. Por isso, a prática de defesa pessoal também trabalha a autoconfiança do praticante, melhorando a coordenação motora, condicionamento físico, força, velocidade, agilidade, equilíbrio, visão periférica, velocidade de reação e todos os outros aspectos corporais importantes. “Realizamos esse curso nos últimos anos e elas gostaram demais. Trata-se de uma oportunidade para trabalhar com corpo e autoestima”, acrescenta.
Atendimentos – Juntos, o CRAMLV e o Camsid realizaram 3 mil atendimentos entre os meses de janeiro e setembro deste ano, para vítimas de violência doméstica, familiar, mães de crianças com idades entre 0 e 12 anos e egressas do tráfico de mulheres. Os casos mais frequentes de violência registrados pelos centros de referência e acolhimento são de ordem psicológica, moral, física, patrimonial e sexual.
Enquanto o Loreta Valadares se encarrega do atendimento primário às vítimas, o Camsid agrega as funções de centro de referência e uma casa de acolhimento de curta duração. Nele, há suporte jurídico e psicossocial, atividades de empreendedorismo, dança, informática, grupo terapêutico, defesa pessoal, oficinas produtivas, ginástica e atendimento de enfermagem.