Com o objetivo de envolver os familiares e responsáveis no processo de aprendizagem dos estudantes com deficiência, o Centro de Apoio Pedagógico Especializado da Bahia (Cape), unidade da Secretaria da Educação do Estado (SEC), vem realizando oficinas de jogos pedagógicos com materiais recicláveis. Localizado em Salvador, o centro, além de realizar ações pedagógicas relacionadas às áreas de Educação Especial e Inclusiva, oferta Atendimento Educacional Especializado (AEE) para estudantes com deficiência matriculados e frequentando a escola comum.
Segundo a professora Katia Valéria Jatobá, a participação ativa das famílias possibilita a interação social; a troca de conhecimento; e, também, amplia a compreensão sobre o AEE e a Educação Inclusiva. “Através da oficina, os pais e responsáveis veem na prática como o nosso trabalho pedagógico é desenvolvido no dia a dia com os estudantes. Os jogos ajudam a aprimorar a coordenação visual e motora, a percepção, a atenção e a elaboração de estratégias, ou seja, as funções executivas que são necessárias para o desenvolvimento da aprendizagem. Após a confecção dos jogos e vivências no centro, os familiares levam os jogos para utilizarem em casa ou em outros espaços. A aceitação tem sido muito positiva e eles estão participando assiduamente”, informou.
A oficina é realizada mensalmente, em dois turnos, através do revezamento entre as famílias que frequentam o Cape. A atividade acontece em outra sala, sob a orientação da equipe pedagógica, ao mesmo tempo em que os seus filhos recebem atendimento no centro. Dentre os jogos criados, destaque para a “Batalha das letras”, o “Enigma das cores”, o “Jogo das setas” e o “Jogo das bolinhas coloridas”.
Para Roberto Luiz Silva, pai do estudante Iago Vitor Mac-Allister Silva, 32, que possui Síndrome de Down e frequenta o centro há 15 anos, a realização da oficina é fundamental. “Faço questão de participar. Eu estou gostando muito, pois aprendemos a criar os mesmos jogos que os nossos filhos fazem. Isso é estimulante tanto para eles, quanto para nós”.
Quem também não perde a oficina é Aurelice Spínola, mãe do estudante Társio Luis Spínola, 33, que possui deficiência intelectiva e recebe atendimento no Cape há mais de 12 anos. “Além de distrair a nossa mente, ativar a memória e melhorar o raciocínio lógico a partir da criação dos jogos, interagimos, trocamos experiências e fazemos amizades com outros pais. Essa dinâmica é muito boa e proveitosa para nós”, afirmou, entusiasmada.
Fonte: Ascom/SEC