O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) foi condenado a dois anos e dois meses de prisão por peculato. A pena, no entanto, foi convertida em 790 horas de trabalho comunitário e 25 cestas básicas. Segundo a Justiça Federal, o parlamentar nomeou Sandra de Jesus, gerente de sua produtora de vídeo, como funcionária de seu gabinete entre 1997 e 2001.
Na prática, Sandra trabalhava na empresa de Russomanno, mas era paga pela Câmara dos Deputados. A condenação de Russomanno aconteceu em fevereiro de 2014, no Distrito Federal. O deputado, que tem foro privilegiado, recorreu e o caso foi para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Em sua defesa, Russomanno disse que Sandra de Jesus trabalhava em seu gabinete — que fica no mesmo imóvel de sua produtora — atendendo consumidores. Constam no processo, porém, vários documentos que comprovam que ela exercia a gerência da empresa (ela, inclusive, assinava as carteiras de trabalho de funcionários da produtora).
Russomanno devolveu R$ 700 mil para seu gabinete, minimizando a pena de prisão, que foi convertida em 790 horas de trabalho comunitário e pagamento de 25 cestas básicas.