WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A Casa Branca apresentou nesta terça-feira (31) projeções sombrias sobre o avanço do coronavírus nos EUA e indicou que 100 mil a 240 mil pessoas devem morrer no país nos próximos meses mesmo com a adoção de medidas de distanciamento social.
Essa foi a primeira vez desde o início da pandemia que a força tarefa do governo Donald Trump apresentou números oficiais sobre o impacto do novo vírus na vida dos americanos e conferiu um tom mais sóbrio e realista ao presidente, que diversas vezes chegou a minimizar a crise.
As previsões acontecem no dia em que os EUA registraram mais de 3.700 mortes – 785 somente nesta terça – e ultrapassaram a China em número de vítimas confirmadas do coronavírus.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, no fim da tarde desta terça eram mais de 184 mil casos em território americano, número que cresce vertiginosamente desde o meio de março e, segundo especialistas, deve chegar ao pico somente em 15 de abril.
Diante dos números mostrados em gráficos durante coletiva na Casa Branca, Trump afirmou que o coronavírus “não é uma gripe” e que os americanos devem estar preparados para duas semanas “muito dolorosas.”
“Quero que todo americano esteja preparado para os dias difíceis que estão pela frente”, disse o presidente.
“Vamos passar por duas semanas muito, muito dolorosas”, completou, acrescentando que era uma questão “de vida ou morte” seguir as orientações de distanciamento social por mais 30 dias.
“Muita gente me falou para não fazer nada, só deixar passar, ‘pense nisso como uma gripe’. Mas não é uma gripe, é perverso.”