Com uma mesa ampla, formada por representantes de diversos órgãos da Prefeitura, agremiações, comerciantes e moradores do bairro se reuniram, na noite desta terça-feira (14/11), para debater o Carnaval 2018. A discussão, que foi realizada na Associação de Moradores da comunidade (SUDBINA), foi convocada pelo vereador Sílvio Humberto (PSB).
Diante da diversidade de temas pautados para o debate, a audiência foi organizada por assuntos, sendo analisado inicialmente a infraestrutura de saúde para a festa. As reclamações apresentadas foram em relação ao horário e localização do posto de atendimento. O segundo aspecto a ser avaliado foi o da Limpeza Urbana. Problemas com a localização dos banheiros químicos e a lavagem das ruas foram as questões destacadas.
A comunidade reclamou da falta de cuidado do poder público com a iluminação da festa. A organização dos cabos da rede elétrica e de telefonia, e a qualidade dos refletores instalados nas vias motivaram a maior parte das queixas. Outro ponto recheado de divergências foi a definição do horário de início e término do desfile dos blocos. Como o tópico depende da deliberação do Conselho Municipal do Carnaval, a definição ficou para ser finalizada após a apreciação do colegiado.
O assunto que gerou o maior debate, no entanto, foi o da segurança e da atuação da Polícia Militar durante a folia. A principal reclamação foi com o cerceamento do direito de as pessoas permanecerem festejando, independente do horário de desfile dos blocos. Representando a corporação militar, o subcomandante da 40ª CIPM, capitão Luiz Cláudio Nascimento, explicou aos moradores as dificuldades operacionais diante da especificidade da festa e se colocou à disposição para dialogar com os representantes sobre o aperfeiçoamento da atuação militar.
Deliberações – Cobertura de saúde durante 24 horas; higienização do circuito durante a folia, com o Bloco da Limpeza; instalação de mais e melhores refletores, e ordenamento dos cabos ao longo do circuito; além da criação de uma campanha de conscientização, para a não comercialização de bebidas artesanais ou em garrafas de vidro, além de alimentos proibidos como os espetinhos de churrasco ou de queijo, foram as principais propostas apresentadas pelos participantes.
A deliberação final foi a criação de uma comissão formada por representantes dos órgãos e da comunidade, que passarão a ser reunir periodicamente para a construção da festa. O próximo encontro do colegiado já está marcado para o próximo dia 22/11.
Sílvio Humberto parabenizou a comunidade pela construção da festa e defendeu que o atendimento ao Nordeste de Amaralina seja equiparado a todos os demais circuitos. “O Carnaval do bairro já era realizada com êxito sem o apoio do poder público. Se o Município decide oficializar o circuito, que garanta o mesmo tratamento dado aos demais”, assinalou. Para o vereador, os gestores têm muito a aprender com essa experiência. “Essa construção coletiva precisa ser observada e copiada pelos poderes públicos. Temos aqui um case de sucesso, que é a mostra da capacidade do povo de construir soluções próprias para as suas demandas”, concluiu o parlamentar.