Carballal critica reajuste na tarifa de ônibus em Salvador 03 de janeiro de 2025 | 09:44
Carballal critica reajuste na tarifa de ônibus em Salvador: “Golpe na população”
Menos de dois dias após o início do novo ano, os soteropolitanos foram surpreendidos com o reajuste na tarifa de ônibus, decretado pela prefeitura de Salvador, chefiada por Bruno Reis. A decisão do atual gestor municipal foi criticada pelo presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, que considerou o aumento no valor da passagem um “golpe na população”.
Para Carballal, o período em que o reajuste foi efetivado causa estranheza. “É um golpe dado na população, num momento de férias escolares, um período em que a demanda pelo transporte público é menor, realizar esse reajuste sem nenhuma justificativa. A tarifa de ônibus mais cara do Nordeste, com ônibus precários, uma verdadeira demonstração da falta de compromisso da gestão de Bruno Reis com a população”, afirmou.
Culpados
Carballal também relembrou que não houve aumento no valor do diesel por parte da Petrobras em 2024, o que, portanto, não justifica a nova tarifa de ônibus, que representa um reajuste de 7,69%. Além disso, o presidente da CBPM apontou os culpados pelo estrago causado nos ônibus da capital baiana.
“O sucateamento da frota de ônibus é responsabilidade de ACM Neto e Bruno Reis. O modelo que eles criaram é um modelo falido, atrasado, e que onera não apenas a população, mas também os médios e pequenos empresários. O cidadão que é dono de uma padaria, por exemplo, quando paga o salário dos funcionários, ele desconta 6% e complementa o valor do vale transporte, então, uma parcela importante do transporte também é financiada por um setor produtivo que emprega e que já vive sufocado. É uma demonstração de completa falta de compromisso com a população”, apontou.
Descaso
Ainda de acordo com Carballal, o reajuste na tarifa de ônibus, que passa a custar R$ 5,60 a partir de sábado (4), evidencia o descaso do prefeito Bruno Reis com as populações em situação de vulnerabilidade social na capital baiana.
“Não existe nenhuma política que a prefeitura desenvolve para atender os interesses dos ambulantes, do mercado informal, dos desempregados, das populações que estão vulneráveis socialmente. O que vai acontecer a partir de agora é mais gente andando a pé por não ter recursos para andar de ônibus”, lamentou.