Mesmo após o presidente Jair Bolsonaro fazer um apelo, pedindo a liberação das estradas bloqueadas, os caminhoneiros de pelo menos 15 estados do Brasil decidem manter a greve. A paralização começou desde o dia 08 e segue nesta quinta-feira, 09.
Conforme informações do ministério de infraestrutura “Foram liberados pontos de retenção da região Norte de Santa Catarina, que ameaçavam condições de abastecimento”.
O presidente gravou um áudio e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, um vídeo para tentar desmobilizar os manifestantes. No teor da mensagem, Bolsonaro chama os caminhoneiros de “aliados” e diz que a greve “atrapalha nossa economia”.
“Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque nos caras aí para liberar. Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é facil negociar com outras autoridades, mas vamos fazer nossa parte, vamos buscar uma solução para isso”, disse Bolsonaro em áudio.
Ontem a noite, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou o áudio de Bolsonaro e reforçou o apelo do presidente para que os caminhoneiros suspendam o protesto.
Os bloqueios ocorreram um dia após os discursos do presidente Jair Bolsonaro em manifestações em Brasília e São Paulo, nos quais criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a defender o voto impresso.
De acordo com lideranças da categoria, que não endossam os protestos dos caminhoneiros, boa parte das paralisações é organizada por grupos que apoiam o governo.
Com informações da Revista Exame.