A profissão de baiana de acarajé já faz parte da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), documento que reconhece, nomeia, codifica e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Um estudo para viabilizar a inclusão dessa profissão começou a ser realizado no início do mês, e nesta sexta-feira (14) passou a ser realidade.
Desde 2005, as baianas são reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan, mas ainda sentiam dificuldade em ter a profissão reconhecida. Com a inclusão da profissão na CBO, elas passam a assumir a identidade profissional ao realizar cadastros formais para tirar documentos como RG e passaporte, ou se cadastrar como microempreendedor individual.
A inclusão foi fruto da articulação do deputado federal Benito Gama (PTB), e a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) junto ao Ministério do Trabalho. Apenas em Salvador, cerca de 3,5 mil profissionais devem ser beneficiadas, conforme estimativa da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivo da Bahia (Abam).