Sobre o cardápio, ela divide “nós fazemos o almoço na segunda, na quarta e na sexta-feira, e cada dia nós elaboramos um prato. É uma salada de uma coisa na segunda, outra na terça, as carnes são dois tipos de carne. A gente faz fígado, frango, fazemos bife acebolado, bife de caldo. É uma variedade, né?! Pra pessoa se sentir importante”. A associação, que cuida da cozinha comunitária, tem a responsabilidade de produzir os pratos três vezes por semana.
Organizações em Alagoinhas, Barreiras, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Lauro de Freiras, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Camaçari e Salvador também realizam a distribuição das refeições. Das 100 cozinhas comunitárias ou solidárias que participam do primeiro edital, 68 estão situadas no interior do estado.
Coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira ressaltou que o público prioritário do edital é a população que vive em extrema vulnerabilidade, mas não é obrigatório que as pessoas estejam cadastradas nos programas sociais de transferência de renda para serem beneficiadas pela ação.
“O público prioritário, em alinhamento com o plano Brasil Sem Fome, do Governo Federal, é a população que vive em situação de vulnerabilidade extrema. Por isso, o Comida no Prato chega como uma ação emergencial, até de busca ativa, de identificação dessas pessoas em situação de vulnerabilidade. Depois a gente contribui no encaminhamento para emissão de documentos, para o sistema de assistência social, para o sistema de educação”, detalhou sobre a estratégia para redução dos indicadores de fome na Bahia a curto e longo prazo.
Para Fabíola Oliveira, que está desempregada e é mãe de seis filhos, as refeições serão um ganho nutricional na alimentação dela e de sua família, que moram no Nordeste de Amaralina, em Salvador. “É uma alegria, né?! Em casa sempre falta algo e aqui já está tudo completo. Ter um alimento preparado, completo, assim, é maravilhoso”, celebrou.
Segundo informações do Bahia Sem Fome, as organizações devem entregar as refeições por até nove meses, de acordo com a logística preparada para cada cozinha através das entidades. À frente da coordenação de impacto social do Instituto Nordeste Eu Sou, Aline Silva explicou que a aprovação no edital Comida no Prato foi uma oportunidade de mapear o perfil de pessoas em maior vulnerabilidade no Nordeste de Amaralina, em Santa Cruz e no Vale das Pedrinhas.
“A gente foi fazer o mapeamento, aqui no Nordeste de Amaralina, em Santa Cruz e no Vale das Pedrinhas. As pessoas cadastradas são, realmente, as que mais necessitam. E, graças a Deus, esse projeto veio fazer muito agrado aqui na nossa comunidade. Serão 250 refeições distribuídas, de segunda a sexta-feira, das 12h às 13h, aqui, no nosso espaço”, detalhou sobre o planejamento de entrega.
Só através da instituição, que trabalha há 13 anos com projetos sociais em Salvador, são 250 pessoas cadastradas para receber as refeições nos bairros. Outra cozinha, instalada no Lobato, gerida pelo Instituto Nordeste Eu Sou, tem mais 250 pessoas assistidas através do edital Comida no Prato.
Mais comida no prato dos baianos
O segundo edital do Comida no Prato está aberto até o dia 30 de julho. Podem participar Organizações da Sociedade Civil (OSC) que gerem cozinhas comunitárias ou dispostas a apoiá-las, por meio de colaboração com o Estado. Os detalhes do edital estão disponíveis no site da CAR: https://www.car.ba.gov.br/node/16335.
Na segunda etapa do projeto, serão 150 cozinhas comunitárias apoiadas. Cada uma receberá R$ 242 mil para produção das refeições ao longo de 12 meses. Ao todo, serão R$ 36,3 milhões investidos pelo Governo da Bahia no segundo edital, que prevê a ampliação da distribuição para 3,3 milhões de comidas prontas.
Repórter: Milena Fahel/GOVBA