Há dez anos a maior parcela da energia gerada no estado era proveniente da fonte hídrica (59%) e a contribuição da energia térmica (36%) era majoritariamente movida a biomassa. Em 2022, além do grande salto do setor de energia eólica, a energia solar, que começou a se estabelecer em 2017, hoje corresponde a 8% da matriz energética do estado, com 41 parques solares em operação. Já a contribuição da térmica foi reduzida a 5% e da hidráulica para 22%.
De acordo com o secretário da pasta, José Nunes, o governo do Estado dedica uma alta prioridade às energias renováveis. “Diversas Secretarias de Estado atuam em articulação com a SDE para garantir as melhores condições para os projetos eólicos, incluindo incentivos fiscais (SEFAZ), licenciamento ambiental célere (SEMA), condições adequadas de transporte dos equipamentos (SEINFRA) e regularização fundiária das áreas dos projetos eólicos (SDR/CDA)”, diz.
Nunes salienta que a regularização fundiária garante que os pequenos proprietários de terra do semiárido baiano sejam diretamente beneficiados pela implantação dos parques eólicos, uma vez que as empresas detentoras desses parques pagam ao proprietário da terra em média R$ 4 mil por mês para cada turbina eólica instalada.
Os benefícios que os bons ventos trouxeram para Bahia são inúmeros. A energia eólica proporciona a dinamização da vida regional, com o aumento da arrecadação de impostos nos municípios beneficiados e geração de muitos postos de trabalho, sobretudo durante o período de construção dos parques. Os programas de proteção ambiental, histórico e cultural também fazem parte de ações realizadas pelas empresas do setor com o apoio do governo estadual.
“O Complexo Eólico Brotas de Macaúbas, em operação desde julho de 2012, conta com 57 aerogeradores, totalizando uma potência instalada de 95 Megawatts (MW), capazes de abastecer 200 mil residências com energia pura. Além de ser um projeto sustentável, o parque eólico de Brotas possui inúmeras iniciativas sociais na região, com o objetivo de geração de renda e educação ambiental para as comunidades no entorno da usina”, afirma Thiago Tomazzoli, diretor de operação e manutenção da Statkraft Brasil.
Futuro
O impacto da geração eólica e solar na Bahia continuará crescendo de forma acelerada já que existem projetos em construção e outros cuja construção deverá ser iniciada nos próximos meses e anos, consolidando a liderança da Bahia no setor e impactando significativamente na geração no âmbito nacional.
Complexo Eólico Brotas de Macaúbas
Crédito: José Somensi Fotografia