O estado do Nordeste em que as Polícias Civil e Militar mais matam é a Bahia. A nível de Brasil, fica atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados foram revelados pelo Anuário de Segurança Pública, na quinta-feira (9/8).
Sempre acompanhados da frase “[…] Foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos […]”, os chamados “autos de resistência” ou mortes decorrentes de intervenções policiais foram 668 casos no estado somente em 2017. No ano anterior, segundo o anuário, aconteceram 456. Em números percentuais, o aumento foi de 45%.
Já no Rio de Janeiro, em 2017, foram registradas 1.127 mortes causadas pelas polícias, o que representou um acréscimo de 21%, já que, em 2016, essa estatística era de 925. Em São Paulo, pelo anuário, aconteceram 940 troca de tiros que resultaram em mortes no ano passado. Em 2016, no mesmo estado, foram 857.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que “o policial baiano responderá sempre de maneira enérgica e proporcional a ataques de criminosos”. A pasta lembrou ainda que a legítima defesa dele e da sociedade é amparada legalmente. A SSP reiterou que, nos casos onde policiais agiram à margem da lei, inquéritos foram instaurados, resultando em prisões e expulsões das respectivas corporações.