Os brasileiros estão gastando mais nas farmácias. O tíquete médio das compras feitas no setor aumentou cerca de 14% no primeiro semestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores, isso significa que o gasto médio de um consumidor passou de R$ 63,07 para R$ 71,87.
Os dados são do levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) junto às redes associadas. Na lista estão nomes como Pague Menos, Venâncio e Extrafarma, que correspondem a 45% do faturamento do setor no país.
De acordo com o levantamento, a expansão do tíquete médio do consumidor resultou no aumento do faturamento e no crescimento do setor farmacêutico. Os medicamentos foram responsáveis por 68% da receita neste primeiro semestre.
Além das compras feitas diretamente nas lojas físicas, os consumidores têm utilizado mais o delivery e o e-commerce. Juntos, esses serviços tiveram alta de 72,5% na movimentação das farmácias durante os primeiros seis meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.
Setor estima crescimento em 2021 e 2022
O setor farmacêutico deve continuar crescendo em 2021 e seguir em expansão no próximo ano, segundo estimativa do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). A expectativa é que, no varejo, seja registrada alta de 10,13% este ano. Para 2022, o percentual deve ser maior, chegando a 10,52%.
A incorporação de novas tecnologias e os investimentos em marketing digital feitos pelas farmácias aliados à expectativa de recuperação econômica após o avanço da vacinação no país são os principais fatores que motivam as projeções otimistas.
Cuidados na hora de comprar medicamentos
As autoridades de saúde e os órgãos de defesa do consumidor orientam sobre os cuidados necessários na hora de fazer as compras na farmácia. O principal alerta é com relação à automedicação. Os consumidores devem buscar orientação profissional antes de adquirir remédios.
De acordo com o Ministério da Saúde, o uso de medicamentos por conta própria pode mascarar sintomas de doenças que precisam de acompanhamento médico. Além disso, o uso incorreto de remédios pode causar problemas como alergia, dependência e até a morte.
Na hora da compra, também é preciso tomar alguns cuidados, como verificar se o número do lote, o prazo de validade, a data de fabricação e o registro do Ministério da Saúde constam na embalagem, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de São Paulo (Procon-SP).
Diante da variação de preços praticados no mercado, também é recomendável que o consumidor pesquise. No site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há uma lista de preços máximos disponíveis. Também é possível fazer a consulta de medicamentos nas farmácias ou pela internet.
Com relação às compras on-line, a Anvisa destaca a importância de consultar o médico antes; dar preferência às farmácias conhecidas; solicitar o contato com o farmacêutico registrado; não comprar de sites que não exigem receita; não solicitar remédios que não têm autorização da Anvisa; e verificar se os produtos estão lacrados no momento da entrega.