Nesta quinta-feira (26 de maio), profissionais, pacientes, moradores, voluntários e religiosos das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), além de devotos e demais admiradores do Anjo Bom do Brasil sairão em procissão, na Cidade Baixa, em um ato de apelo pela sobrevivência da instituição fundada por Santa Dulce dos Pobres. A entidade atravessa uma crise financeira sem precedentes em sua história, cenário que já ameaça a continuidade dos atendimentos prestados a 2,9 milhões de pessoas por ano na Bahia.
A procissão terá início às 8h da manhã (concentração a partir das 7h30), com saída dos Arcos do Bonfim, na parte baixa da Colina Sagrada, em direção à sede da OSID, onde será celebrada uma Missa em Ação de Graças no antigo galinheiro do Convento Santo Antônio – espaço emblemático no qual a freira baiana abrigou os primeiros 70 doentes, em 1949, gesto que deu origem às Obras Sociais. A mobilização, em favor de um dos maiores complexos de Saúde do país com atendimento 100% gratuito, acontece no exato dia em que a instituição completa 63 anos de fundação, além de marcar o aniversário de nascimento de Irmã Dulce.
Durante a realização da missa no espaço do antigo galinheiro, haverá uma singela encenação de acolhimento ao paciente, simbolizando a assistência prestada pela OSID às milhares de pessoas que diariamente chegam à entidade em busca de cura e esperança. A missa será presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Marco Eugênio, que também conduzirá a procissão ao lado de frei Giovanni Messias, reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, e do padre Manoel Oliveira Filho, coordenador arquidiocesano e nacional da Pastoral do Turismo.
O cortejo pela Cidade Baixa, cujo público está sendo convidado a vestir branco, será acompanhado pela imagem peregrina de Santa Dulce dos Pobres, e será marcado também pelo badalar dos sinos de igrejas de Salvador. “Precisamos, mais do que nunca, da ajuda de todos para seguirmos atendendo à população baiana. Sempre fizemos muito com poucos recursos financeiros. Só que agora, esse pouco está pouco demais”, ressalta a superintendente da OSID, Maria Rita Pontes.