A Internacional Diabetes Federation (IDF) anuncia o novo levantamento na 10ª edição do Atlas do Diabetes, porém, alguns dados já mostram que a doença aumentou em todo o mundo.
Cerca de 537 milhões de adultos, na faixa etária entre 20 e 79 anos, vivem com diabetes. Isso quer dizer que a cada 10 pessoas uma tem a doença. “O estudo aponta ainda que esse número possa crescer para 643 milhões em 2030 e 784 milhões em 2045, ou seja, em um curto espaço de tempo o diabetes impactará a vida de milhares de pessoas, trazendo com a doença possíveis outras complicações para a saúde”, comenta a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.
O Atlas do Diabetes 2021 também mostra que 541 milhões de adultos têm tolerância à glicose diminuída, o que significa um risco bem alto para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
O diabetes acontece devido ao excesso de açúcar no sangue, e atinge mais de 10% da população mundial. No Brasil, quase 16 milhões de pessoas têm a doença. A previsão para 2030, é que esse número fique acima dos 19 milhões.
Os sintomas característicos são:
- Sede e fome excessivas
- Perda de peso
- Visão turva, infecções genitais, dores, cansaço e fraqueza também podem aparecer.
A doença é silenciosa e apresenta sintomas apenas quando já está em fase mais avançada. Em geral, apenas quando a glicemia está acima de 180 mg/dl é que a pessoa começa a ter os primeiros sinais.
“O diabetes pode estar relacionado a outras comorbidades. Por exemplo, o paciente com fibrose cística, que é uma doença sistêmica, tem uma destruição do pâncreas endócrino e exócrino, podendo cursar com diabetes insulino dependente. Paciente com hemocromatose pode ter diabetes pelo excesso de depósito de ferro no pâncreas, além da obesidade que é a principal doença relacionada ao diabetes tipo 2”, relata a endocrinologista.
Sobre a Dra. Lorena Lima Amato – A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.
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