Nesta terça-feira (31), será lançado o novo Atlas de Rochas Ornamentais do Estado da Bahia no Museu Geológico da Bahia, às 15h, e contará com palestras de dois autores do produto: o geólogo Edgar Iza e a economista Ana Cristina Franco. A iniciativa foi do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), juntamente com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), após perceberem a importância do segmento das rochas ornamentais para o setor mineiro, atualizaram o portfólio de rochas. A ideia é evidenciar, por meio do documento, a geodiversidade de tipos oriundos do território baiano, suas propriedades e características tecnológicas.
O estado da Bahia apresenta-se atualmente como um dos mais importantes da Federação em termos de produção mineral. A sua vocação mineira é reconhecida nacionalmente, conferindo-lhe o terceiro lugar na produção mineral do país. As rochas ornamentais têm importante participação nisso. De acordo com Edgar Iza, o segmento movimenta, no Brasil, cerca de 1,2 bilhão de dólares ao ano. O estado da Bahia se destaca por ser produtor de algumas rochas ornamentais de cor e padrão não encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
O trabalho representa parte do esforço conjunto dos governos federal e estadual em fomentar o segmento de rochas ornamentais. O Atlas foi elaborado com o apoio técnico de uma equipe multidisciplinar – geólogo, economista e arquiteta – e apresenta 118 tipos de materiais pétreos extraídos, até março de 2020, no estado da Bahia. Embora o número não seja muito diferente da quantidade obtida no último Catálogo de Rochas Ornamentais da Bahia, publicado em 2002, apenas 15% dos materiais são os mesmos.
“A Bahia sai sempre na frente, quando se fala em rochas ornamentais. Foi o primeiro estado brasileiro a elaborar um catálogo com suas rochas, inovando com a ficha de características físico-mecânica e recomendação de utilização e agora inova mais uma vez, privilegiando o especificador (arquitetos e designers) com informações importantes na utilização e forma de especificar uma rocha em suas mais diversas possibilidades”, afirma Ana Cristina Franco, autora do Atlas e economista na SDE.