Agentes penitenciários fizeram uma revista, conhecida como “baculejo” em celas do módulo cinco da Penitenciária Lemos Brito, no Complexo Penitenciário Salvador, no bairro da Mata Escura, na manhã desta quarta-feira (18). De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia (Sinspeb), que registrou as imagens, o objetivo da ação de hoje, foi identificar possíveis buracos ou outros meios que pudessem facilitar a fuga de internos.
Durante as ações que tiveram apoio do Batalhão de Guarda da Polícia Militar, os agentes registraram portas danificadas, com dobradiças quebradas, chapa solta e algumas presas com pedaços de pano e arames. Segundo o Sinspeb, mais da metade das portas das celas do módulo cinco estão com defeito, o que oferece facilidade, tanto para a fuga dos presos, quanto para saírem à hora que quiserem do cárcere.
Durante as revistas, também foram encontrados buracos nas paredes. O sindicato explica que estes buracos nas paredes têm algumas finalidades, a exemplo da comunicação entre presos, o transporte de objetos quando a cela está fechada, além de uma forma do interno demonstrar a fragilidade da própria estrutura.
O coordenador do Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia (Sinspeb), Geonias Santos chama atenção para a estrutura das paredes da cela. “São de blocos vermelhos e reboco com cimento, quando na verdade as paredes deveriam ser de concreto e placas de aço. Este módulo da Lemos Brito existe há cerca de 50 anos e nunca passou por qualquer manutenção significativa, apenas reparos”, diz Geonias.
Durante a revista também foram encontrados aparelhos celulares. Além de presos portando quantias em dinheiro, entre R$ 200 e R$ 500. Apesar de portar os valores, os agentes não podem apreender, pois não existe recomendação no Código Execução Penal para tal procedimento.
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