Ireuda Silva 12 de fevereiro de 2025 | 10:25
As mulheres são as mais vulneráveis em meio à inflação dos alimentos, diz Ireuda Silva
Em 2024, a inflação dos alimentos atingiu 7,7% em relação ao ano anterior, tornando itens básicos como café, carne, arroz e feijão inacessíveis para muitas famílias. Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Muher e vice da Comissão de Reparação, essa alta impacta de forma desigual a população, atingindo principalmente mulheres chefes de família, donas de casa e pequenas empreendedoras que dependem do setor alimentício para garantir sua renda.
“Enquanto os preços sobem, o desespero cresce. E vejam a ironia: diante desse caos, o que diz o Presidente da República? Se está caro, não compre! Como se a mulher nordestina, a mulher negra, a dona de casa ou a microempreendedora pudessem simplesmente ignorar a necessidade de comer”, critica Ireuda.
A vereadora destaca que as mulheres negras são as mais afetadas pela crise, já que enfrentam maiores taxas de desemprego, salários mais baixos e o impacto direto do aumento no custo dos alimentos. Segundo ela, profissionais como feirantes, cozinheiras e quituteiras sofrem com a redução do lucro devido à elevação dos preços dos insumos básicos.
“A inflação dos alimentos não pesa igualmente para todos. Para quem tem privilégios, é apenas um dado. Para a mulher pobre, é a fome na mesa”, afirma Ireuda. Diante desse cenário, ela defende medidas urgentes, como controle de preços, incentivo à produção e apoio direto às famílias em situação de vulnerabilidade. “Não podemos nos calar. Precisamos de governantes que respeitem o povo e entendam a dor de quem não pode simplesmente ‘deixar de comprar’ aquilo que é essencial para viver”, conclui a parlamentar.