O vídeo foi ao ar pela primeira vez no dia 16 de outubro e inclui o testemunho de Amelinha, que conta ter sido torturada pelo coronel Carlos Alberto Ustra, que ele levou a filha dela, de cinco anos, para vê-la após uma sessão de maus-tratos.
“O momento de maior dor foi o Ustra levando os meus dois filhos na sala de tortura, onde eu estava nua, vomitada, urinada”, disse ela na propaganda, que foi suspensa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Depois do depoimento, Amelinha passou ser atacada por meio de memes que a acusam de ser terrorista, ter matado militares, além de chamá-la de “velha safada”.
Amelinha, que integrou a Comissão da Verdade no estado de São Paulo e há anos defende os direitos humanos e luta pela erradicação da tortura no país, atribui as agressões a uma tentativa de tirar a legitimidade do depoimento e influenciar o processo eleitoral.
“São acusações totalmente improcedentes, porque fui processada por fazer parte de um partido clandestino. Nunca participei da guerrilha. Eles estão disseminando uma política de ódio que divide ainda mais a sociedade brasileira”, afirma.
Em 2005, a família Teles moveu uma ação civil declaratória contra o coronel Ustra, pedindo que ele fosse reconhecido como torturador. Em 2008, a solicitação foi acatada e Ustra foi o primeiro agente da ditadura a ser declarado torturador pela Justiça. Com informações da Folhapress.