Até que os rodoviários decidam se vão entrar em greve ou não, a população poderá ser surpreendida nas primeiras horas dos próximos dias com a falta de ônibus nas ruas. De acordo com o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, não estão descartadas reuniões nas garagens durante as madrugadas para mobilização da categoria.
Em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na Metrópole FM, na manhã desta sexta-feira (12), o dirigente afirmou que, mesmo com o estado de greve aprovado, a paralisação só será decidida após audiências com o Ministério Público e com o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota, o que deve ocorrer até a próxima segunda-feira (15).
Mota diz que entre as reivindicações está o reajuste do ticket alimentação para R$ 20,00, sendo 30 por mês. A categoria também quer extinguir a dupla função, onde motorista dirige e exerce a função de cobrador. O diretor também reclamou que atualmente, os rodoviários pagam avarias de assaltos aos ônibus.
Diante do impasse com os empresários, Daniel Mota afirma que não há acordo para o que o patronato está propondo. “Eles colocam uma contrapauta: só aceitam negociar com os rodoviários se a gente quiser o fim do cobrador e suprimir as folgas. É inaceitável, a gente não vai aceitar. Se isso não se resolver, vai ter a greve geral”, frisou.
“A greve a gente só vai definir [a greve] quando tiver a reunião com o Ministério Público. Não está descartado qualquer protesto nas madrugadas, o que seriam para reuniões para manter a mobilização dos rodoviários para definir a greve. Vão acontecer algumas manifestações nas madrugadas nas garagens”, avisou o dirigente.