Quando o estudante é exposto à língua, mas ainda não sabe se expressar fluentemente, a tendência é que se sinta apreensivo por não conseguir se comunicar adequadamente
É comum que as pessoas se sintam ansiosas ou inseguras ao aprender algo novo. Isso porque são nesses momentos que diversas fraquezas e incertezas aparecem, além da dificuldade que muitos enfrentam de não conseguirem aceitar que não sabem algo, ou que estão suscetíveis a erros e equívocos. E aprender uma língua estrangeira não é exceção.
Durante o processo de aprendizagem, o estudante terá de se expor, o que pode causar vergonha, medo ou nervosismo, desencadeando sensações como timidez, inibição ou até um bloqueio em relação ao idioma.
Segundo Nathalia Prete, consultora pedagógica da Red Balloon, esses sentimentos tendem a aparecer com mais frequência em jovens e adultos, pois eles compreendem melhor o que sabem e o que não sabem e é comum que se sintam mais inibidos e tenham receio de se arriscar e praticar. “Como as crianças ainda estão desenvolvendo suas habilidades e refinando o que aprendem, é muito mais fácil serem motivadas a tentar algo novo e a se aventurarem em atividades diferentes, o que acaba diminuindo os efeitos da ansiedade e facilitando o aprendizado”, explica Nathalia.
A ansiedade pode fazer com que os estudantes também se sintam menos propensos a se voluntariar e participar de atividades orais, além de evitarem estruturas linguísticas difíceis. Com isso, aos poucos, eles podem se sentir deixados para trás e, portanto, não produzirão o quanto poderiam. Dessa forma, não só a produção oral é afetada, há também uma limitação na compreensão auditiva e na aquisição de vocabulário, o que consequentemente leva a implicações negativas que se estendem aos testes e podem até acarretar uma vontade de desistir.
Como superar a ansiedade e o medo?
Existem diversas formas dos professores contribuírem para amenizar a ansiedade e insegurança dos estudantes em sala de aula, começando pela criação de um vínculo afetivo e de confiança com a turma. “Tratar os alunos com empatia, mostrar que eles percebem quando algo está ‘errado’ com um aluno e oferecer ajuda ou um ombro amigo para desabafar pode ajudar bastante para que eles se sintam mais acolhidos e confortáveis”, afirma Nathalia.
E um ótimo aliado da mentalidade de crescimento é o conceito do “ainda não”, que lembra aos alunos que, apesar de “ainda não saberem/entenderem/
Além disso, atividades para aliviar o estresse e a ansiedade ativamente durante as aulas são sempre bem-vindas. Na Red Balloon, por exemplo, foram introduzidas desde atividades simples de respiração até momentos para meditação ou prática de movimentos de ioga, ajudam a acalmar os alunos e contribuem para um ambiente mais saudável, segundo a especialista.
A família também tem um papel essencial na ajuda para amenizar a ansiedade dos alunos. “A família precisa confiar no potencial das crianças e adolescentes para aprender. O processo de aprendizagem de cada um pode acontecer em tempos diferentes e não é preciso exigir que seus filhos aprendam o mais rápido possível, basta confiar que estão fazendo o seu melhor”, afirma Nathalia.
Sobre a Red Balloon (www.redballoon.com.br) – Fundada em 1969, a Red Balloon é uma escola de inglês com metodologia exclusivamente desenvolvida para crianças e adolescentes, aplicada de maneira natural e divertida, com aulas de artes, culinária e outras atividades complementares. Conta com cerca de 120 unidades no Brasil, atuando nos modelos de unidades de rua e in school. A Red Balloon pertence à Cogna Educação, maior empresa de educação básica do país.