Fotos por: Cláudio Leite / Redação por: ALBA
Ao som do Hino do Senhor do Bonfim, uma composição com letra de Arthur de Salles e música de João Antônio Wanderley, a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em sessão especial realizada nesta quarta-feira (2), homenageou os 170 anos da Banda de Música Maestro Wanderley da Polícia Militar da Bahia, que desde 2018 é considerada Patrimônio Imaterial do Estado.
Proposta pelo deputado Samuel Junior (PDT), a reunião foi presidida pelo chefe do Legislativo baiano, deputado Nelson Leal (PP), e contou com a presença de vários parlamentares, do comandante geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, além de comandantes, subcomandantes e militares que integram grupamentos da corporação na capital e no interior.
O presidente da ALBA parabenizou os 42 integrantes do grupo e garantiu ser “muito justa essa homenagem para a instituição musical que tanto eleva o nome da Bahia”.
Leal aproveitou a oportunidade para elogiar o modelo de ensino do Colégio Militar que está sendo implantado em escolas públicas de algumas cidades baianas.
Segundo o chefe do Parlamento estadual, a iniciativa “vem melhorando o aprendizado, aumentando a competitividade entre os alunos, preparando mais o estudante para enfrentar qualquer desafio e ajudando na construção de um novo relacionamento junto à família”.
No final seu discurso, Nelson Leal destacou a atuação da corporação que, segundo ele, sempre procura se esforçar para proteger os cidadãos e assegurar qualidade de vida para a população. Com uma única palavra, “agradecimento”, o deputado resumiu o sentimento de admiração que nutria pelo trabalho da Polícia Militar da Bahia.
HISTÓRIA
O proponente da sessão, deputado Samuel Junior, relatou um pouco da história da Banda Maestro Wanderley, que foi criada em 17 de setembro de 1849, na época como Banda de Música do Corpo de Polícia da Bahia, sob a regência do maestro civil Laurêncio Aragão. O pedetista lembrou que a banda animou as tropas brasileiras na Guerra do Paraguai, tocou para o então presidente Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e foi a primeira banda militar a fazer uma apresentação em cima de um trio elétrico, no carnaval de Salvador.
Comandante geral da PM, o coronel Anselmo Brandão observou que é gratificante saber que a banda participou dos grandes movimentos do Brasil em quase dois séculos de existência. Brandão fez questão de valorizar o seleto grupo de músicos, “pessoas devotadas que se renovam no aprendizado dos instrumentos e levam alegria para todos em várias regiões do estado”.
O major da PM, Raimundo Rocha, disse conhecer com profundidade a evolução da Banda Maestro Wanderley, que atualmente tem na regência o capitão PM Marcelo Sarmento. Também historiador, ele explicou que, no passado, já regeram a banda os maestros Valdemar da Paixão, José do Espírito Santo e João Antônio Wanderley, que deu o nome à instituição musical. Major Rocha ressaltou a importância da banda, que por uma única vez, aqui na capital, teve na regência o famoso maestro Carlos Gomes, autor da ópera “O Guarani”, inspirada na obra do escritor José de Alencar.
Muito emocionada, Iara Wanderley Cardoso, bisneta do maestro Wanderley e funcionária da Casa do Povo, em nome da família, agradeceu a homenagem pelos 170 anos da Banda da Polícia Militar. No encerramento da sessão, o vice-governador João Leão, que se encontrava na Casa Legislativa para falar sobre a Ponte Salvador/Itaparica, apareceu de surpresa, acompanhado do presidente Nelson Leal.
No breve pronunciamento, bem ao seu estilo, brincou: “Tenho 73 anos, pretendo chegar aos 200 e quero que a banda vá ao meu enterro, tocando em homenagem a este amigo da Polícia Militar”, declarou Leão. Na tribuna do Plenário Orlando Spínola, o vice-governador afirmou “estar muito feliz em ter uma tropa aguerrida, que realmente está fazendo um trabalho excepcional na segurança do povo da Bahia”.
Estiveram presentes à solenidade os deputados Ivana Bastos (PSD), Roberto Carlos (PDT), Fabíola Mansur (PSB), Paulo Câmara (PSDB), Júnior Muniz (PP), Aderbal Caldas (PP), Zé Cocá (PP), Tom Araújo (DEM), Marcelo Veiga (PSB), Vítor Bonfim (Republicanos) e Maria del Carmen (PT).
Participaram da composição da mesa o coronel PM Francisco Telles, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar; o coronel PM Nilton Paixão, comandante da Academia da PMBA; o coronel PM Flodoardo Azevêdo, ex-diretor da Academia da PMBA; o coronel PM Paulo Uzêda, subcomandante geral da PMBA e o tenente-coronel PM Antônio Carlos, diretor de finanças da Casa Militar do Governador, representando o Governo do Estado.