Um adolescente de 17 anos, identificado como Gabriel da Conceição Diogo de Jesus, foi assassinado a tiros na noite de sábado (11/9), no bairro do Alto do Cabrito, em Salvador. O crime aconteceu, por volta das 20h30, na Estrada do Cabrito, após o supermercado Atakarejo.
Segundo informações da Polícia Militar, agentes da 14ª Companhia Independente (CIPM/Lobato) foram acionados para atender a ocorrência, na Rua Conjunto Nova Primavera e encontraram a vítima já sem sinais vitais.
A guarnição isolou a área e acionou a equipe do Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) para realização de perícia e remoção do corpo. Até o momento, não há informações sobre a autoria e motivação do homicídio, que será investigado pela Polícia Civil.
“O que ficamos sabemos é que ele saiu com ele amigo e logo em seguida foi morto. Ninguém lá fala nada. O pessoal está com muito medo. Quando fui lá, já estava o corpo com muita gente envolta”, declarou Eládio, ao CORREIO, na manhã deste domingo (12), sentado em uma das cadeiras da recepção do IMLNR.
De acordo com os parentes, Gabriel cursava o 7º ano no Escola Estadual Democrático Bertholdo Cirilo dos Reis, em São João do Cabrito. Por ser muito apegado à avó, ele passava a semana na casa dela, no bairro da Mata Escura. “Chamava a avó de mãe”, contou o pai do adolescente. Mas no início da noite de sábado, Gabriel recebeu a ligação de um amigo, chamando-o para uma festa num local no Alto do Cabrito, a poucos metros de sua casa. “Como ele estava sem dinheiro, pediu R$ 10 ao avô pra ir”, detalhou o pai.
Gabriel chegou em casa, no Conjunto Nova Primavera, conhecida como As Casinhas, por volta das 20h. Ele deixou a mochila e saiu. Instantes depois, acabou morto na Rua Conjunto Nova Primavera, a Estrada Velha do Cabrito.
“Ele ficou lá, na casa da avó, a semana toda, mas recebeu a ligação de um amigo, que o chamou para esta festa. Ninguém sabe quem é esse rapaz que ligou para o meu filho. Só sei que ele o chamou para a morte”, desabafou o pai, que em seguida, disse não saber o porquê da morte do filho. “Até agora não tenho ideia. Estou procurando a razão para tudo isso”.
Eládio espera que o crime seja desvendado. “É o mínimo que desejo. Nada vai trazer meu filho de volta, mas quero que os culpados sejam presos”, disse ele, que será ouvido nesta segunda-feira (13) no Departamento de Homicídios e proteção à Pessoa (DHPP).
O pai estava acompanhado de outros membros da família, entre eles o tio do adolescente, o auxiliar de manutenção Ademir da Conceição Diogo, 39. “Fiquei sabendo quando cheguei da igreja. O menino não fumava, não bebia, não andava com gente erra”, disse.
Gabriel era o terceiro dos quatro filhos de Eládio. “Ele estava doido para completar 18 anos para tirar a habilitação e vir trabalhar comigo. Era o sonho dele”, lamentou o autônomo, que vende botijões de gás no bairro.
Em relação ao crime, a Polícia Militar informou que policiais da 14ª CIPM (Lobato) foram acionados para atender uma denúncia de disparos de arma de fogo contra um adolescente na Rua Conjunto Nova Primavera, por volta das 20h30 de sábado (11). Já no local, a guarnição isolou a área e acionou a equipe do Serviço de Investigação em Local de Crime (Silc) para realização de perícia e remoção do corpo.