Acm Neto foi o único candidato a governador dentre os nove estados do Nordeste que não compareceu ao debate promovido pela TV Band na noite deste domingo (7). O embate entre os postulantes ao cargo máximo dos estados brasileiros marca o início das campanhas eleitorais majoritárias no Brasil desde a redemocratização.
“É um compromisso do Grupo Bandeirantes, uma tradição ligar nossos holofotes e dar oportunidade a todos os candidatos de se apresentarem, mostrar suas propostas e o que eles irão fazer, caso eleitos, a partir de 2023”, afirmou Augusto Correia Lima, diretor Regional Norte/Nordeste do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Nas redes sociais uma enxurrada de críticas ao ex-prefeito de Salvador pela ausência no debate. Internautas pontuaram o receio do ex-prefeito de Salvador em ser confrontado com problemas que afligem a população soteropolitana como a precariedade do transporte público na 4ª maior cidade do país, desatenção à educação infantil e fundamental, sem conseguir ofertar creches às crianças e educação aos 70 mil jovens soteropolitanos que dependem das escolas do Estado; além da dificuldade em avançar na cobertura da atenção básica da saúde, onde postos não ofertam sequer preventivo às mulheres, ao mesmo tempo que mantém uma política tributária considerada abusiva e arrecadação exorbitante.
“É muito importante o eleitor ver frente a frente seus candidatos. Ver o candidato sozinho, sendo o ator de se próprio é uma coisa, mas o frente a frente mostra não só o duelo de estilos, de ideias, de programas, mas até o caráter do candidato pode aparecer”, afirmou Fernando Mitre, diretor nacional de jornalismo da Rede Bandeirantes.
Questionado por jornalistas dos diversos veículos da capital baiana presentes sobre a ausência de Acm Neto, o candidato a governador da Bahia pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Jerônimo Rodrigues, voltou a lamentar a não participação do ex-prefeito e afirmou que faltou coragem ao adversário. “É um comportamento de desrespeito, tanto à emissora, porque ele confirmou que estaria presente, quanto à população baiana. Isso é ruim para a democracia”, criticou.