A vereadora licenciada comemorou neste sábado (02) a retomada do cortejo do 2 de Julho, interrompido por dois anos devido à pandemia de Covid-19. Segundo a republicana, a Bahia é protagonista na luta pela Independência da Bahia, processo no qual recebeu a contribuição de muitas mulheres, principalmente Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica.
“A história machista apaga os nomes das mulheres e diminui a importância delas. Mas sempre fazemos o esforço de lembrá-las, de lhes dar o devido crédito pelo seu heroísmo”, diz Ireuda. “O 2 de Julho também simboliza a luta pela independência das mulheres, uma luta que é contínua. Esse processo continua até hoje, recebendo a contribuição de muitas mulheres, muitas delas negras, que estão atuando para conquistar mais direitos, espaço e voz”, acrescenta.
História
Várias mulheres tiveram papel de destaque no processo de Independência da Bahia. Uma delas foi Maria Felipa, marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Em 1823, ela lutou pela Independência da Bahia ao lado de Maria Quitéria e Joana Angélica. Elas lideraram um grupo de mais de 200 pessoas, entre índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.
Por sua vez, Joana Angélica se destacou por sua coragem ao enfrentar os portugueses, que a mataram após ter sua entrada dificultada no Convento da Lapa. Já Maria Quitéria se vestiu como homem para participar da batalha da independência.