Com o objetivo de disseminar à sociedade o conhecimento sobre a geodiversidade de tipos de rochas originários do território baiano, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE), lançou nesta terça-feira (31), no Museu Geológico da Bahia, o “Atlas de Rochas Ornamentais do Estado da Bahia” – documento que lista os 118 tipos de rochas ornamentais do estado.
Representando o SGB-CPRM, o diretor de Geologia e Recursos Minerais, Marcio Remédio, participou da abertura do evento e salientou a contribuição que o estado da Bahia tem dado ao setor mineiro. “A Bahia tem despontado como um grande estado minerador, com uma diversidade geológica que vai trazer muitos recursos e ganhos para a sociedade baiana e para o Brasil. O setor de rochas ornamentais hoje ocupa uma parte importante no desenvolvimento e na produção mineral do país, e a Bahia, com as suas belezas singulares, tem se destacado nesse tema”, destacou.
Já o superintendente de Atração de Investimentos e Fomento ao Desenvolvimento Econômico da SDE, Paulo Guimarães, “Este é um setor extremamente importante para o estado e um documento fundamental para divulgar melhor as rochas na Bahia. Apesar de termos a terceira maior produção mineral, temos a maior diversidade de rochas ornamentais e algumas rochas só existem aqui”, afirmou Paulo, reforçando que para além da produção mineral, está o resultado social que esse bem mineral pode trazer, como por exemplo a geração e emprego e renda.
O trabalho representa parte do esforço conjunto dos governos federal e estadual em fomentar o segmento de rochas ornamentais. O Atlas foi elaborado com o apoio técnico de uma equipe multidisciplinar – geólogo, economista e arquiteta – e apresenta 118 tipos de materiais pétreos extraídos, até março de 2020, no estado da Bahia.
Além de servir como ferramenta de divulgação das rochas ornamentais, o Atlas destaca a vocação geológica da Bahia para a exploração mineral – tanto de rochas mais comuns quanto das mais exóticas, com destaque para os quartzitos verdes, azuis, xistos.
Conforme os dados disponibilizados pelos produtores, as rochas são representadas por imagens e grande parte delas trazem os seus respectivos dados tecnológicos, descrições petrográficas e município produtor. O trabalho constitui-se, portanto, em uma compilação de dados, majoritariamente cedidos pelas próprias empresas produtoras.
A economista da SDE e autora do Atlas, Ana Cristina Franco, exaltou a potência do estado no que se refere a rochas ornamentais. “A Bahia sai sempre na frente, quando se fala em rochas ornamentais. Foi o primeiro estado brasileiro a elaborar um catálogo com suas rochas, inovando com a ficha de características físico-mecânica e recomendação de utilização e agora inova mais uma vez, privilegiando o especificador – arquitetos e designer s- com informações importantes na utilização e forma de especificar uma rocha em suas mais diversas possibilidades”.
Foto: SDE