Prefeitura inaugurou, na manhã desta quarta-feira (11), a primeira unidade da Escola Digital de Economia Criativa (Co.liga). O espaço fica localizado no Subúrbio 360, equipamento da Prefeitura localizado em Coutos, e conta com computadores, tablets e máquina fotográfica doados pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ao município, por meio de convênio.
A inauguração contou com a presença da vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, que afirmou que a cidade já tem se posicionado como referência na economia criativa. “Aqui é um projeto nacional da Fundação Roberto Marinho (FRM), com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a cultura (OEI) no Brasil, em parceria com a Prefeitura. Aqui o jovem vai ter mentoria, tutoria e equipamento para que possa de fato não só aprender, mas materializar isso”.
A plataforma Co.liga já conta com 760 soteropolitanos inscritos e, mais do que acessar cursos na área digital e de economia criativa, eles também têm um espaço coligado onde é possível trocar oportunidades de trabalho, fazer sociedades, além de ter oportunidades de emprego e renda.
“Na Escola Digital, eles podem materializar o sonho. São pessoas que têm vontade de fazer esses cursos e não têm equipamento, máquina fotográfica, estúdio, um espaço para capacitação, e aqui tem o computador, monitores e supervisores. É o primeiro laboratório da Co.liga e a nossa galera coligada vai dar muito orgulho para a cidade”.
Estrutura – A Escola Co.liga ofertará os cursos e os alunos da Escola Laboratório (Escolab) terão a oportunidade de colocar as aulas em prática, viabilizando uma oportunidade de capacitação e geração de renda. Os cursos envolvem comunicação e empreendedorismo, design, música e gravação em casa, todos com até cinco horas de carga horária.
As inscrições podem ser feitas pelo site do projeto (https:// coliga.digital/ cursos) ou diretamente com agendamento na direção do Subúrbio 360, e o público-alvo são jovens entre 18 e 28 anos. Esta é a primeira sala inaugurada no Brasil por meio da Escola Co.liga, com ação articulada por intermédio do Escritório de Governança Social Santa Dulce dos Pobres, da Prefeitura de Salvador.
O titular da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, lembrou que a Escola Co.liga tem uma participação especial na pasta, que é responsável por formar as crianças e jovens no ensino fundamental e, para além disso, pensando em um futuro próximo, oferecendo oportunidades de geração de emprego e renda para a juventude.
“Temos no Planejamento Estratégico da Smed um projeto muito importante para oferecer educação digital, profissionalizando jovens e todos aqueles que de alguma maneira se relacionam com a rede. E vem a Co.liga criando a oportunidade, usando a sinergia das instalações do Subúrbio360 e outras que vamos expandir, oferecendo à população, principalmente aos jovens, essa possibilidade de uma formação técnica e profissional. É oportunidade de geração de renda, usando uma estrutura que já existe e assumindo esse papel de protagonismo na profissionalização”, disse o gestor.
Prioridade – Segundo o diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou, a ação demonstra a prioridade que a juventude tem no plano de retomada econômica, principalmente no pós-pandemia, para Salvador.
“A cidade pulsa cultura e economia criativa, seja na gastronomia, na música, e o que a gente percebeu era que havia necessidade, além dos cursos digitais oferecidos livremente, de também ter um ponto de apoio em que as pessoas pudessem superar as dificuldades, com acesso gratuito à tecnologia e a equipamentos de última geração. Assim, oferecemos à população que não consegue ter acesso de outra maneira, um polo de apoio e de inclusão, o primeiro deles a ser lançado no Brasil”.
A presidente da AMB, juíza Renata Gil, declarou que a abertura de espaços como a Co.liga desperta nos jovens o interesse no audiovisual, para que consigam empregos nessa área que é uma vocação do baiano. “Estou muito feliz em dar esse primeiro passo com a Prefeitura de Salvador e com entidades respeitadas como a OEI e a Fundação Roberto Marinho, pois a educação é o caminho para mudar a realidade de 30 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza”.