E o festival de boa música começa na terça-feira, dia 19 de abril, com o samba jazz, também conhecido como jazz samba ou hard bossa nova. O estilo consolidou a aproximação do samba brasileiro com o jazz estadunidense, especialmente do bebop e do hard bop, vertentes jazzísticas então muito experimentadas por músicos brasileiros em ambientes de gafieiras e boates especialmente no Rio de Janeiro. Diferentemente da bossa nova, que é um estilo de samba caracterizado pelo seu espírito intimista, seu som suave e seu comedimento de elementos sonoros, o samba-jazz tem na improvisação e na estridência componentes muitos presentes. Por isso, todas as terças feiras músicos de Salvador, se encontram na Casa da Mãe para celebrar o samba Jazz.
Na quarta-feira, 20 de abril tem Choro Catado na Casa da Mãe. Reunindo o cantor e compositor Ênio Bernardes (pandeiro), Leandro Tigrão (flauta), Washington Oliveira (cavaquinho) e Natan Dubir (violão) para cantar e tocar o melhor do chorinho. No palco, quatro instrumentistas de primeira tocando o brasileiríssimo chorinho. No repertório, choros tradicionais de mestres como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo.
Na quinta-feira, 21 de abril, às 21h, Maria Licce canta samba, no show Samba.com. Poetisa baiana, natural de Senhor do Bonfim, Maria Licce passou a maior parte da infância em Feira de Santana, onde iniciou em 2006 a carreira como compositora e cantora. Reside em Salvador e atualmente canta em bares, restaurantes e eventos na capital e Feira de Santana. Em 2009 lançou o CD “E tudo pode mudar” com dez musicas autorais. Em novembro de 2018 lançou a musica “Não pensou em mim” de sua autoria. No carnaval de 2019, esteve à frente no trio do bloco Milenar em Salvador.
Na sexta, dia 22 de abril, às 21h, às 21h, Noemi solta a voz em show inspirado em grandes cantoras brasileiras. Cantora e compositora baiana, Noemi entra em cena na Casa da Mãe, no Rio Vermelho, com seu projeto Noemi convida. Nome forte de uma geração de mulheres que busca a inserção do valor feminino na arte, Noemi estabelece uma ligação com o sentimento e a força da mulher em suas letras e fusões musicais, tendo como inspiração cantoras como Marisa Monte, Cássia Eller, Laurin Hill, Dezarie dentre outras potências vocais femininas. Seu objetivo atual é comandar o seu próprio show, com músicas autorais, versões e roupagens de clássicos do Reggae, Pop e MPB moderno.
No sábado, dia 23 de abril, a Casa da Mãe recebe a partir das 22h, o grupo Pagode de Velho, que nasceu num domingo comum em uma Salvador ensolarada em pleno horário de almoço, de um encontro inusitado de músicos que se conheciam na cena da cidade e tinham o mesmo gosto musical, embora nunca tivessem tocado juntos, surge uma roda de samba inesperada onde os instrumentos, um a um, saíam de dentro de carros e baús de motos: banjos, cuica, candeiro, tantan. A roda de samba que começava tímida fez com que o ambiente todo se transformasse numa verdadeira apoteose com pessoas vindas de diversos bairros para reforçar a palma da mão e cantar os refrões dos clássicos de grandes compositores brasileiros. A partir desse episódio nasceu e se estabeleceu o grupo de samba Pagode de Velho que com esse nome já deixa claro a linha de repertório que prioriza as canções clássicas do gênero musical Samba. Os integrantes são músicos que também acompanham outros artistas tendo assim larga experiência com apresentações de música em todos os níveis.
No domingo, dia 24 de abril, a Casa da Mãe recebe a partir das 19h, o Sonora Amaralina, que é uma orquestra de Cumbia, nascida em abril de 2018, no bairro de Amaralina. No repertório, muita música instrumental latino-americana. O Sonora Amaralina é formado por Daniela Natali (clarinete), Matias Traut (trombone), Fernando Isaia (trompete), Felipe Guedes (baixo e guira) Marcel Moron (congas), Mauricio Muñoz (percussão), Celival (sax barítono), Gleison Coelho (sax tenor) e Bruno Aranha (piano).La Cumbia é dos um ritmos mais populares da América Latina. Nascida na Colômbia, onde sua raiz são os tambores e os instrumentos ocidentais, a partir da mistura das culturas de origem africana, indígena e europeia, esse ritmo chamativo foi logo espalhando-se por todo o continente Americano, logo depois ganhando o mundo. Sonora Amaralina traz releituras do repertório de orquestras da música popular latino-americana, de compositores clássicos como Lucho Bermudez, Pacho Galan, Climaco Sarmiento, assim como compositores contemporâneos de outros países. O repertório da orquestra inclui músicas autorais com sotaque soteropolitano. Elas são compostas, a partir de uma pesquisa histórica, de como o ritmo se espalhou por todos os países da América, até chegar ao Brasil.
Serviço:
Terça-feira – Show com o Samba Jazz, dia 19.04, às 22h – couvert R$ 15,00
Quarta-feira – Show do Choro Catado, dia 20.04, às 21h – couvert R$ 15,00
Quinta-feira – Maria Licce, dia 21.04, às 21h – couvert R$ 30,00
Sexta-feira – Show de Noemi, dia 22.04, às 21h – couvert R$ 15,00
Sábado – Show do Pagode de Velho, dia 23.04, às 22h – couvert R$ 15,00
Domingo – Show do Sonora Amaralina, dia 24.04 – couvert R$ 15,00
A abertura da Casa da Mãe, que fica na Rua Guedes Cabral, 81, no Rio Vermelho, é às 19h. É prudente preciso fazer reserva pelo telefone 71 98732-5803. O bar e restaurante segue todas as normas e diretrizes dos órgãos de saúde com o uso obrigatório de máscara, apresentação de comprovante de vacinação e distanciamento entre mesas, entre outros.