Nesta semana o governo de São Paulo confirmou o segundo caso de sarampo neste ano. Os dois são autóctones: isso significa que o vírus já circula entre a população. Outros 25 casos suspeitos estão em investigação. No Brasil, mais 12 casos também já foram confirmados – todos no Amapá. O Jornal Hoje mostra que essa situação pode ser explicada pela baixa procura pela vacina.
A cobertura da segunda dose da tríplice viral – vacina que protege de sarampo, caxumba e rubéola – caiu consideravelmente nos últimos anos no Brasil. Em 2014, ela superava os 90%. Já no ano passado, segundo os dados preliminares do Ministério da Saúde, apenas 50% do público alvo foi vacinado.
O sarampo é uma doença que chegou a ser eliminada do Brasil em 2016, mas três anos depois, o país voltou a registrar mais de 20 mil casos
Em São Paulo, nesta sexta-feira (15), apesar do feriado, é dia de vacinação. Postos da capital paulista estão abertos para aplicar vacinas contra Covid, gripe, poliomielite e sarampo.
Para o pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações Renato Kfouri, o sucesso da vacinação faz com que as pessoas se esqueçam de doenças que já atingiram muita gente no passado.
“As vacinas fazem tanto sucesso, eliminam as doenças que criam gerações no caso que estamos vivenciando agora de famílias, de pais, que não convivem mais com as doenças, não dão a importância que se dava no passado e os próprios profissionais de saúde, que também por não atenderem mais casos de sarampo, de difteria, de coqueluche, de paralisia infantil, tem dificuldade de reconhecer, de fazer diagnóstico”, explica Kfouri.