As três principais entidades de classe de servidores da Polícia Federal lançam, nesta 4a feira (16/2), uma campanha pela valorização da corporação e dos policiais federais. Ações publicitárias serão inseridas em pontos específicos de capitais brasileiras, bem como em veículos de imprensa, com a mensagem que mostra os benefícios para o país de se investir na Polícia Federal, além dos riscos e as responsabilidades da categoria.
A campanha é assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), e vem no momento em que se debate a reestruturação do órgão e das demais carreiras ligadas ao Ministério da Justiça, entre outras medidas que a categoria entende necessárias para a valorização dos policiais federais.
O material da campanha será focado em dados que apontam a viabilidade do investimento na PF. Por exemplo, algumas peças da campanha informam que “a cada real investido na PF, R$ 5,30 são retornados aos cofres públicos”, ou ainda que “todos os anos, cerca de R$ 43 bilhões retornam aos cofres públicos graças aos policiais federais”.
Os representantes das três entidades apontam que a campanha busca expor as particularidades e peculiaridades decorrentes da atividade de risco dos policiais federais, assim como a realidade do dia-a-dia desses profissionais, e a importância de se valorizar a PF.
Reestruturação
Desde o ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sinaliza que apoia a reestruturação das forças de segurança da União. Nesse sentido, manteve a previsão orçamentária para 2022 com a alteração na estrutura dos órgãos. Embora os recursos estejam previstos na Lei Orçamentária, é necessário o envio e a aprovação de uma Medida Provisória ou projeto de lei para que reorganização de fato ocorra.
Segundo o presidente da ADPF, Luciano Leiro, o objetivo é jogar luz ao fato de que a PF não é despesa, mas investimento. “Há muitos anos a PF se paga, uma vez que o valor despendido com o órgão é retornado ao erário, seja no ressarcimento de valores desviados, seja evitando a continuidade do prejuízo aos cofres públicos”, explica.
Para Marcos Camargo, presidente da APCF, “é preciso ter em mente as particularidades e peculiaridades decorrentes da atividade de risco dos policiais federais. É preciso observar os desafios enfrentados pelos servidores da PF. A quase totalidade deles trabalha longe dos holofotes da mídia e dos olhos da população, nos locais mais distantes do país e com todo tipo de dificuldade logística, material e biopsicossocial, inclusive com o sacrifício da própria vida”.
De acordo com o presidente da Fenapef, Marcus Firme, os policiais federais estão unidos para que o reconhecimento às categorias saia do papel. “É muito importante que estejamos atentos e mobilizados neste momento, pois precisaremos de muita união para mostrar ao governo a necessidade do reconhecimento e valorização dos policiais federais”, disse.