Atualmente, está em curso a campanha de vacinação infantil contra a Covid-19. Oficialmente, o Brasil registrou 1.544 mortes de crianças de 0 a 11 anos pelo coronavírus desde o início da pandemia. Diante do cenário, a vacinação de crianças se faz necessária e recomendada, alertam especialistas em saúde.
No Brasil, país que é referência global em imunização, todo o processo envolvendo vacinas é bastante criterioso e segue uma série de etapas para que cheguem aos estados cumprindo o propósito de proteger a população e minimizar quadros de gravidade em caso de infecção por algum vírus.
As vacinas da Pfizer que estão sendo destinadas às crianças são acondicionadas em embalagens térmicas especiais, desenvolvidas pela Polar Técnica, e devem ser transportadas em um intervalo de -90°C a -60°C, de acordo com a especificação do fabricante. A vacina é acomodada em uma caixa de poliestireno expandido (Isopor®️) de parede tripla de alta densidade, gelo seco e elemento refrigerante com tecnologia PCM (Phase Change Material), que garante a faixa negativa de forma mais homogênea e facilita a manipulação e operação, entre outros componentes que mantém a temperatura adequada.
As embalagens são produzidas de acordo com normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e passam por provas em câmaras climáticas e testes de campo. As simulações são realizadas com perfis de massa/volume da vacina da Pfizer e os ciclos de temperatura refletem as condições reais de transporte em território nacional.
Medição de temperatura na chegada aos estados
Na chegada aos estados brasileiros, a medição da temperatura precisa seguir alguns critérios para que ocorra de maneira adequada. “Imagens em algumas reportagens na TV mostraram, por exemplo, termômetros infravermelhos indicando a temperatura, de fato preocupante, de -50° C. Acontece que -50° C é o máximo de frio que esse tipo de aparelho consegue atingir, então, a temperatura poderia ser de menos um milhão de graus centígrados que a tela mostraria sempre 50”, explica a farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, Liana Montemor. “A caixa não é só papelão e gelo. Há uma complexidade da tecnologia envolvida por trás disso. Uso de infravermelho não deve ser utilizado em operações farmacêuticas que necessitam de método e precisão adequados por conta dos erros que podem ser gerados durante a medição, de acordo com as entidades técnicas NIST (National Institute of Standards and Technology), CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) e WHO (Organização Mundial da Saúde)”, completa.
Liana ressalta que a caixa térmica deve ser aberta em ambiente com temperatura controlada, o mais próximo possível da temperatura do produto. Para a medição correta, ela pontua, ainda, a utilização de termômetros com sonda tipo termopar, com calibração válida, no caso de vacinas ultracongeladas. O procedimento envolve a abertura da caixa rapidamente, inserção do termopar entre os cartuchos da vacina, o fechamento da caixa e aguardar o tempo de estabilização térmica, de acordo com o instrumento.
“O sistema de embalagens correto, junto aos procedimentos adequados de medição de temperatura na chegada das vacinas ao destino, mantém a qualidade e garante população imunizada, ação importantíssima para o momento que estamos vivendo”, conclui a diretora técnica do Grupo Polar.
Sobre o Grupo Polar
Pioneiro no setor de cadeia fria no Brasil, o Grupo Polar é especializado no desenvolvimento de soluções específicas que garantem a integridade térmica do produto durante o transporte e armazenamento. Com 20 anos liderando o mercado de Cold Chain, é referência entre as principais companhias da indústria farmacêutica, logística e laboratorial.
O Grupo Polar tem como objetivo disseminar conhecimento no intuito de melhorar a logística e os processos em todos os elos da cadeia fria nacional e internacional.