O governo da Bahia desapropriou grandes áreas para acessos ao metrô e também para a ponte Salvador-Itaparica, conforme publicação no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (22).
Uma área de 1.111,43m² foi desapropriada no bairro de Águas Claras, nas proximidades da BR-324, para implantação de uma passarela acoplada à Estação Metroviária Águas Claras, que faz parte do Tramo 3 da Linha 1 do Sistema Metroviário Salvador e Lauro de Freitas – SMSL, compreendido entre as estações metroviárias Pirajá e Cajazeiras/Águas Claras, em Salvador.
O governo tornou de utilidade pública uma área de 15,2 mil m² para a implantação de acessos viários à Ponte Salvador-Itaparica. Em outubro, a administração estadual mudou dois decretos assinados pelo vice João Leão (PP), em 2016, sobre a desapropriação de terra para construir o sistema viário da ponte, e deu autonomia à Concessionária Sistema Rodoviário Ponte Salvador Ilha de Itaparica a promover atos administrativos e judiciais para desapropriar terras.
O decreto n° 17.157 define pequenas áreas no bairro do Comércio, que serão utilizadas para a construção dos pilares da cabeceira da ponte e dos viadutos que farão a conexão da mesma com a rede viária de Salvador. Já o decreto n° 17.158 delimita as futuras faixas de domínio do novo sistema viário na Ilha, que compreenderá a duplicação da BA-001, sua transformação parcial em via urbana, e a construção de uma nova rodovia “variante”, que deverá absorver o tráfego de passagem no município de Vera Cruz.
A Concessionária em questão é presidida por Cláudio Britto Villas Boas, que era diretor Financeiro e Comercial da Embasa. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou em fevereiro deste ano que o presidente do Conselho de Administração da Embasa anulasse a nomeação de Cláudio por causa de um impedimento legal para o exercício do cargo em razão de conflito de interesses.
Villas Boas acumula em seu currículo experiência como ex-diretor da BRK Ambiental, empresa parceira da estatal. Segundo o MP-BA, a BRK é atualmente controlada pela companhia canadense Brookfield, que administra ativos em mais de 30 países.
Além de Vilas-Boas, integra o consórcio o chinês Xianming Zhou como diretor.