O Novembro Azul já começou no Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado da Bahia (Cedeba), em preparação para o Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro – quando o planeta se mobiliza, chamando atenção para a doença que alcança 463 milhões de pessoas em todo o mundo. O Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) ocupa o quinto lugar no ranking mundial e o primeiro lugar na América Latina. São 16,8 milhões de adultos com diabetes.
Há 30 anos, 14 de Novembro é o Dia Mundial do Diabetes. A data foi definida pela Federação Internacional do Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), como resposta ao alarmante crescimento do diabetes em todo o mundo. A IDF, em parceria com a Federação Nacional das Associações de Diabéticos (FENAD) e a SBD, continua alinhando o foco de ações de conscientização global sobre o diabetes, sua forma de prevenção e o fortalecimento de atitudes voltadas para pessoas com diabetes.
“ACESSO AO CUIDADO”
Na caminhada de 27 anos do Cedeba, pelo segundo ano, o Dia Mundial do Diabetes não é marcado por grandes eventos, em razão da pandemia, justifica a fundadora e diretora do Cedeba, Reine Chaves Fonseca. Mas – pontuou –marcaremos o Novembro Azul com reforço de informações sobre Diabetes, com o foco no tema adotado para 2021/2022 pela IDF: “Acesso ao Cuidado para o Diabetes”.
Embora as atividades presenciais com os pacientes estejam limitadas a pequenos grupos – que contarão com vídeos educativos na sala de espera principal – de 8 a 10 de novembro – “nosso compromisso é bem mais amplo e tem como público-alvo todos os municípios da Bahia, por meio da mobilização dos gestores municipais para a realização de ações educativas que contribuam para prevenir ou retardar o diabetes, doença que, segundo as estimativas da SBD, tem mais de 203 mil casos na Bahia”, observa a diretora do Cedeba.
As atividades do Dia Mundial do Diabetes – analise Reine Chaves – são como uma Campanha de Vacinação em que há o Dia D, mas no caso do Cedeba o trabalho educativo é continuo e se confunde com a história do Centro de Referência. Por meio da Coordenação de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (Codar), o Cedeba qualifica os profissionais da Atenção Primária de Saúde (APS) para o melhor atendimento às pessoas com diabetes, fortalecendo o auto cuidado e identificando mais precocemente as complicações causadas pela doença para o tratamento especializado.
Para as pessoas com diabetes acompanhadas no Cedeba, há trabalhos educativos em grupos para os adultos e, também, para crianças e adolescentes (diabetes tipo 1). O acompanhamento é multidisciplinar porque “além do medicamento, é preciso buscar o caminho da alimentação saudável, praticar exercícios físicos”. Para os pacientes com diabetes que usam insulina, por exemplo, o trabalho educativo da Enfermagem é fundamental.
Este ano, como lembrou a diretora do Cedeba, “estamos celebrando cem anos da criação da insulina, tema que enfocaremos no decorrer no Novembro Azul”. Também mostraremos a situação da retinopatia diabética, a complicação mais temida pelos diabéticos. Também estarão em foco a doença renal diabética que atinge entre 20 e 40% dos diabéticos e o pé diabético.
Apesar dos números que assustam, os estudos mostram – destacou a diretora do Cedeba – a possibilidade de evitar e/ou retardar as complicações do diabetes que reduzem a qualidade de vida, se houver um bom controle da glicemia, daí a importância do diagnóstico precoce e mudança de estilo de vida, como parte do tratamento.