A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) divulgou, nesta quinta-feira (2), o resultado da seleção do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger – 8ª edição. Foram selecionados três ensaios fotográficos para percepção do prêmio de R$ 30 mil nas categorias Ancestralidade e Representação, Questões Históricas e Livre Temática e Técnica.
Também foi selecionada uma proposta para residência artística premiada no valor de R$ 10 mil, realizada em parceria com o Instituto Sacatar; além de outros onze ensaios fotográficos, que junto aos quatro premiados, integrarão o Catálogo Virtual e a Exposição Coletiva (física e virtual) do prêmio.
A oitava edição recebeu 794 propostas oriundas de todas as regiões do país. Destas, 618 foram habilitadas. Pela primeira vez em parceria com a Aliança Francesa Salvador, os quatro premiados da edição receberão bolsas integrais de curso virtual de francês. Outra novidade foi a implementação do Programa Educativo Funceb, que visa auxiliar pessoas, comunidades e organizações a serem produtores, guardiões e disseminadores de narrativas de vida a partir da leitura e compreensão da obra de arte. Dentro do programa já foram realizadas duas oficinas para os proponentes.
“Foi gratificante perceber o número de projetos e ensaios inscritos e a diversidade que eles traziam. Foi incrível ver a ampla participação da Bahia, assim como do Brasil inteiro, mesmo nesse período tão atípico que estamos atravessando. Foi uma das edições que teve mais inscritos e maior número de habilitados”, disse a presidente da comissão de seleção e integrante da coordenação de artes visuais da Funceb, Célia Aguiar.
Além de Célia, integraram a comissão de seleção Eriel Araújo, indicado pela prerrogativa habitual do prêmio de ter sido premiado na última edição; Diane Lima, Eder Chiodetto e Marcela Bonfim, profissionais de reconhecida atuação na área da Fotografia, indicados pelo público geral através de consulta pública.
“Trabalhar online requer uma disponibilidade muito maior do que presencialmente, e requer uma organização e dedicação ainda maior que no trabalho presencial. Sem dúvidas foi um desafio para todos os integrantes da comissão realizar esse trabalho de forma remota. Os desencontros do meio online nos faz analisar de forma isolada porque a subjetividade do seu julgamento fica aflorada de forma muito solitária, é bem diferente de nos encontrarmos pessoalmente para afinarmos as decisões”, conta a presidente da comissão.
Foi a segunda vez que a artista visual presidiu a comissão do Prêmio. Célia ainda destaca que “independente de todo desconforto de trabalharmos remotamente, me trouxe uma visão nova da produção fotográfica brasileira, um contentamento em perceber que o Prêmio Pierre Verger, sendo um prêmio genuinamente baiano, desperta o desejo de participação de artistas de norte a sul do país, e isso é maravilhoso”.
Fonte: Ascom/Funceb