A disparada de novos casos de coronavírus causados pela variante delta trouxe um dia de sangria para os mercados do Brasil e do mundo. O temor de que novos lockdowns sejam necessários e o risco de que a recuperação econômica demore a acontecer deixaram a maioria das Bolsas no vermelho e elevaram a busca pelo dólar.
Os papéis da Petrobras fecharam em baixa de 1,03% (ordinárias, com direito a voto) e de 1,57% (preferenciais, sem direito a voto), na esteira do tombo de 6,75% do petróleo Brent, após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) ter fechado um acordo para o aumento da produção -o que reforçou o viés negativo nos mercados em meio a preocupações quanto a um excesso de oferta da commodity.
Entre as piores quedas do índice estavam as ações de Americanas e Lojas Americanas, que despencaram 8,94% e 8,78%, respectivamente, no primeiro pregão após a conclusão da combinação dos negócios entre a empresa de comércio eletrônico B2W e sua controladora Lojas Americanas.
O tom negativo também predominou nas Bolsas americanas e europeias. Em Wall Street, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq encerraram a sessão desta segunda-feira (19) em quedas de 2,09%, 1,59% e 1,06%, respectivamente.
As ações europeias, por sua vez, fecharam em queda de mais de 2% e tiveram sua pior sessão em nove meses. Estendendo as perdas da semana passada, o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 2,3%, com todos os setores no vermelho.
A maior queda foi registrada pela Bolsa de Milão, 3,34% no dia, aos 23.965 pontos. O índice PSI20, em Lisboa, registrou baixa de 2,70%, aos 4.894 pontos, enquanto o índice acionário alemão Dax caiu 2,62%, aos 15.133 pontos.
Em Londres, o índice Financial Times registrou queda de 2,34%, aos 6.844 pontos. Em Paris, o CAC-40 teve recuo de 2,54%, para 6.295 pontos, e em Madri o índice Ibex-35 teve baixa de 2,40%, aos 8.301 pontos.
O dólar, por sua vez, registrou alta na sessão desta segunda-feira (19), com a maioria dos investidores buscando proteção na moeda. A divisa encerrou o dia com ganhos de 2,61%, cotada em R$ 5,2500.
No pacote de moedas emergentes, o real ficou entre as divisas com piores retornos à vista, perdendo apenas para a platina.
POR FOLHAPRESS