A Fundação Gonçalves e Sampaio, responsável, em 2020, pelo cumprimento de contratos firmados entre o governo da Bahia para gestão emergencial de hospitais localizados nos municípios de Camacã e de Salvador é o principal alvo de um novo requerimento apresentado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO). O político, através documento protocolado na quarta-feira (26), cujo o site BNews teve acesso, quer o envio de informações sobre os convênios firmados pela secretaria da Saúde do Estado com a entidade.
A Gonçalves e Sampaio foi a responsável pela administração do Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova no ano de 2020 que depois foi desativado. A unidade, neste ano de 2021, na reativação, tem como administradora as Obras Sociais Irmã Dulce (OSDI).
O senador do partido do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), quer cópias integrais de todos os documentos referentes aos contratos, processos administrativos, convênios e termos de cooperação. Na justificativa para o pedido de envio de dados ele se baseia em uma denúncia por vídeo feita por Thiago Martins Bahia, que na redes sociais é possível identificar ser um apoiador do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sobre supostas irregularidades nos convênios.
O requerimento 694/2021 ainda não foi apreciado, mas faz parte de um batalhão apresentado por Rogério e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), defensores do governo federal, que começam fechar o cerco na Bahia no âmbito da CPI da Pandemia, no Senado Federal.
A atitude, pelo apurado, é uma reação a ação incisiva do senador baiano e aliado do governador Rui Costa (PT), Otto Alencar (PSD), médico ortopedista, que tem ganhado visibilidade em suas colocações, no âmbito do colegiado, contrárias a gestão do presidente Bolsonaro frente a pandemia.
O senador cearense é um defensor ferrenho para convocação do chefe do Palácio de Ondina como depoente na comissão, principalmente por ter sido coordenador do Consórcio do Nordeste.
POR: Victor Pinto / Bnews