O presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, deputado Bacelar (Podemos/BA) afirmou que já começou a articular junto aos ministérios da Economia, Turismo e, também, com a Federação Brasileira de Bancos, a criação de um pacote de medidas econômicas para salvar os empresários do setor.
Entre elas, está a ampliação e atualização das linhas de créditos oferecidas pelo Governo Federal através do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O anúncio foi feito durante uma participação na Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio/BA, realizada virtualmente nesta quarta-feira (14).
A criação de um Grupo de Trabalho também está na agenda do presidente da Comissão. Segundo ele, vão participar integrantes do executivo, legislativo e do trade turístico. A intenção é acompanhar, de perto, a elaboração das propostas do Governo Federal.
“Algumas leis são muito antigas e precisam ser atualizadas. Não contemplam, principalmente, situações de emergência, como a que vivemos hoje. Portanto, já estamos nos reunindo, criando um Grupo de Trabalho para discutir a implementação de um pacote de medidas emergenciais específico para o turismo. Não podemos ficar de braços cruzados esperando que a pandemia acabe e as viagens voltem a acontecer. Empregos, famílias, vidas dependem disso” afirmou.
O parlamentar disse ainda que, durante as audiências públicas promovidas pela Comissão, as principais reclamações dos empresários têm sido a burocracia, lentidão, a exigência de muitos documentos, além da desinformação por parte das financeiras. “Já realizamos mais de seis reuniões até o momento e as queixas são as mesmas. Precisamos concentrar as informações e fazer com que o dinheiro chegue na ponta. Como pedir garantias a quem não tem faturamento? Impossível”.
Durante o encontro Bacelar destacou a importância de pensar o futuro do país no pós pandemia e criticou a declaração do embaixador do Brasil na França que, ao saber do decreto do governo francês que suspendeu os voos entre os dois países, minimizou o impacto econômico da medida. “Realmente, não conhece o país que representa. O turismo concentra 10% do PIB e 8% do trabalho formal no Brasil. É um absurdo esta declaração. Nós recebemos turistas franceses e de todos os cantos do mundo. Precisamos vacinar a população, cuidar dos nossos empresários, nos adequar às exigências de viajantes e atrair estas pessoas novamente” finalizou.
Além de Bacelar, participaram da reunião, o secretário de turismo da Bahia, Fausto Franco, representantes da Fecomércio/BA, Confederação Nacional do Comércio e de 30 entidades ligadas ao turismo, de 34 municípios baianos, além da Caixa Econômica Federal.