A água é um recurso natural limitado essencial para todos e com altíssimo valor econômico. Os setores industrial e agropecuário são os maiores consumidores de água do mundo, mas o consumo doméstico também é um fator de atenção. Segundo a coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unijorge, Elizabeth Couto, o brasileiro gasta, em média, 120 litros de água por dia, sendo que o ideal do consumo consciente é que essa quantidade seja reduzida em torno de 50%.
As pessoas mantêm hábitos que contribuem para o desperdício dos recursos hídricos como, por exemplo: torneira mal fechada, o banho demasiadamente demorado, mangueira ligada sem uso, e outros. No contexto da pandemia, a necessidade de maior higiene contribuiu para o aumento deste consumo. A coordenadora afirma que a preservação dos recursos naturais está associada à cultura da população e com atitudes simples é possível utilizar a água buscando sempre diminuir o desperdício. Algumas mudanças de rotina podem ajudar a pensar o consumo da água de forma mais racional.
Na higiene pessoal, as pessoas precisam reduzir o tempo do banho e a vazão da água. Para evitar o desperdício, pode ser instalado um redutor de fluxo tanto no chuveiro, como nas torneiras da casa. No banheiro, um hábito muito comum a ser evitado é escovar os dentes com a pia aberta. Quem tiver descarga com modelo de duplo acionamento, deve priorizar o uso do botão que usa menos volume de água. Nas tarefas de casa, o consumidor deve usar o balde e não a mangueira para lavar a calçada, e outra dica é ensaboar toda a louça e enxaguar de uma só vez. As revisões nas instalações hidráulicas devem ser periódicas para impedir vazamentos em canos e torneiras.
Para quem mora em apartamentos e condomínios uma ideia é a instalação de hidrômetros individuais pois, desta forma, cada consumidor pode fazer a aferição do seu consumo e controlá-lo de forma mais efetiva. “As ações individuais focadas na valorização e no consumo mais sustentado das águas proporcionam um impacto positivo para a melhoria do coletivo”, acrescenta a coordenadora